10 doenças que podem causar dor nos olhos

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Nosso corpo é realmente uma máquina fabulosa. Exemplo disso é que ele sempre dá sinais quando algo errado acontece internamente. A dor nos olhos, por exemplo, pode ser um indicativo de alguma doença a ser investigada em profundidade. Portanto, deveríamos ser bastante cuidadosos no que diz respeito à nossa saúde ocular.

Pensando nisso, elaboramos este artigo para você conhecer algumas das doenças mais frequentes que causam dor nos olhos. Ficou interessado? Então, desliza para baixo agora mesmo e confira!

1. Corpo estranho

A presença de um corpo estranho dentro dos olhos não significa, necessariamente, que você tem uma doença. Contudo, é verdade que, se esse material não for extraído de imediato, pode provocar lesões superficiais ou profundas no globo ocular, assim como desenvolvimento de infecções.

As partículas podem advir das mais variadas fontes: lentes de contato utilizadas de forma inapropriada, grãos de areia, ramos de arbustos, fuligens, unhas, entre outras. Frequentemente causa dor, lacrimejamento, inchaço, vermelhidão e aquela sensação incômoda de que há algo no interior dos olhos. Diante de qualquer desconforto, recomenda-se procurar um médico o mais rápido possível. Diagnóstico e tratamento tardios aumentam consideravelmente as chances de uma infecção.

A avaliação é feita a partir do relato dos sintomas, das circunstâncias nas quais o incidente aconteceu e de alguns exames solicitados. O tratamento varia de caso a caso, mas consiste, em geral, na remoção do objeto estranho e na administração de colírios e medicamentos (por via oral ou aplicação direta).

2. Úlcera de córnea

Dito de modo bem simples, a úlcera de córnea refere-se à destruição do tecido corneano. A ulceração pode atingir mais ou menos camadas da córnea, ser grande ou pequena e, comumente, afeta apenas 1 dos olhos.

A razão de sua origem pode ser infecciosa — provocada por bactérias, vírus, fungos etc. —, mas também decorrente da evolução de uma doença anterior, como distúrbios que deixam os olhos secos ou mesmo ocorrer após traumas oculares (queimaduras químicas, corpo estranho, lesões e arranhões).

Os sinais da úlcera de córnea são: olho vermelho, lacrimejamento e dor, presença secreção, visão embaçada, fotofobia, pálpebras inchadas e, em quadros de maior gravidade, a presença de uma mancha esbranquiçada sobre a córnea (bem visível).

A forma, o tempo de tratamento e a possibilidade de recuperação completa da visão dependem da causa e da fase na qual a doença se encontra. Os resultados costumam ser favoráveis, mas o risco de cegueira existe, por isso, é tão importante consultar o oftalmologista com frequência para a obtenção de um diagnóstico precoce.

3. Blefarite

Normalmente, as causas da blefarite estão relacionadas à presença de bactérias na região das pálpebras. Dessa forma, pessoas que têm disfunção nas glândulas sebáceas e que apresentam pele oleosa ou caspas estão mais propensas à doença. Outras situações ou condições de saúde podem contribuir para isso, são exemplos: alergias diversas, uso de medicamentos para acne etc.

A blefarite é completamente inofensiva à visão, isto é, não apresenta riscos de perda visual. Entretanto, a coceira na área da pálpebra (onde crescem os cílios), a irritação e a dor nos olhos causadas por essa inflamação são relatadas como sintomas bastante incômodos.

A sensação de queimação na parte ocular interna — como se houvesse um grão de areia arranhando —, o aumento ou a diminuição da quantidade de cílios e a necessidade frequente de piscar são outros sinais de que o paciente pode estar com blefarite.

Para tratar a infecção, os oftalmologistas costumam recomendar a limpeza regular da área (com água morna e xampu neutro) e a aplicação de lubrificantes oculares ou pomadas antibióticas. Quando há alterações no funcionamento das glândulas sebáceas ou alergias, é necessário procurar tratamento complementar com um especialista.

4. Uveíte

uveíte é também uma doença inflamatória, só que, diferentemente da blefarite, atinge a camada média do globo ocular, em uma região denominada úvea — parte do olho que engloba a íris, o corpo ciliar e a coroide. Em quadros mais graves, essa inflamação pode alcançar o nervo óptico e a retina. Essa enfermidade, a depender do segmento ocular onde se manifesta, vai ser classificada como anterior, intermediária ou posterior. Além disso, ela pode afetar um ou os dois olhos do paciente.

As causas podem ser as mais diversas, dentre as quais podemos citar infecções (toxoplasmose, sífilis, tuberculose etc.), doenças reumatológicas (espondilite anquilosante, artrite reumatoide, sarcoidose etc.), corpo estranho, traumas, leucemias e linfomas. Já os indícios da uveíte são dores, sensibilidade à luz, visão turva e hiperemia (olhos vermelhos).

Alguns de seus sintomas são semelhantes aos da conjuntivite, por esse motivo, é fundamental procurar um médico para obter o diagnóstico diferencial e correto, uma vez que a uveíte pode comprometer seriamente a visão do paciente. O tratamento vai depender da causa da uveíte.

5. Glaucoma

O glaucoma é uma doença ocular multifatorial que causa danos ao nervo óptico e também alterações na pressão intraocular. É relevante explicitar que há vários tipos diferentes de glaucoma, como: crônico (ou de ângulo aberto), agudo (ou de ângulo fechado) e congênito.

Os fatores de risco alternam entre idade avançadahistórico familiar, traumas ou distúrbios de saúde, como diabeteshipertensão, hipertireoidismo, tumores, inflamações ocularesdescolamento de retina, entre outros.

Apesar de seu alto potencial de risco para a visão (podendo levar, inclusive, à cegueira), o glaucoma costuma evoluir sem apresentar sintomas claros e perceptíveis. Então, como descobrir a doença? O glaucoma crônico geralmente é assintomático. Contudo, o glaucoma agudo costuma ter uma série de sintomas: dor forte, inchaço e vermelhidão nos olhos, lacrimejamento excessivo, náuseas e vômitos são alguns deles.

O tratamento consiste em ações que buscam diminuir a pressão intraocular. Quadros de glaucoma agudo são encarados como emergência médica e demandam procedimentos urgentes (inclusive, intervenções cirúrgicas).

6. Conjuntivite

Nem só por doenças de nomes complicados é causada a dor nos olhos. A conjuntivite, por exemplo, é uma inflamação bastante comum e que, além de assustar a todos que veem aqueles olhos avermelhados, também pode causar bastante incômodo e dor. Trata-se de uma inflamação na conjuntiva, que é uma membrana fina e transparente que reveste a parte da frente do globo ocular (a parte que conhecemos como branco dos olhos) e também o interior das pálpebras.

Apesar de deixar as pessoas receosas — visto que a conjuntivite pode ser contagiosa — ela só é transmitida assim quando é causada por vírus e bactérias. Outras formas de desenvolver a doença é por meio de reações alérgicas a poluentes ou algumas substâncias que podem irritar os olhos, como o cloro das piscinas ou a poluição.

A indicação para melhora do quadro, alívio dos sintomas e também para evitar o contágio consiste na lavagem dos olhos e compressas com soro fisiológico ou água gelada (filtrada ou fervida). Vale lembrar de que não existem medicamentos para a conjuntivite viral e que qualquer ação deve ter a indicação de um médico. O uso de colírios, inclusive, pode complicar e agravar a doença. Em geral, a conjuntivite pode durar de uma a duas semanas e não deixa sequelas.

7. Gripe

Além da coriza, corpo doendo e todos aqueles famosos sintomas da gripe, a doença pode vir acompanhada de sintomas como dor de cabeça e nos olhos (que também pode lacrimejar). Felizmente, esses sintomas são normais e tendem a diminuir naturalmente, bem como o quadro da gripe.

Para ajudar o seu organismo a combater a doença mais rapidamente, vale a pena tomar chás calmantes e que podem melhorar a circulação, aliviando essas dores, como erva-doce, gengibre e alfazema. Compressas de água morna na testa e um pouco de descanso em um local com pouca luz também trazem muito alívio.

8. Dengue

Atenção: a dengue, que é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti e pode matar, tem entre os seus sintomas mais comuns a dor atrás dos olhos. Se você tiver esse incômodo acompanhado por febre, prostração e dores no corpo, além de outros sintomas, procure um médico ou um posto de saúde imediatamente.

9. Sinusite

Causada por vírus, bactérias ou, até mesmo, por complicações de um quadro de gripe ou de alergia respiratória, a sinusite é uma inflamação dos seios nasais que pode gerar bastante dor (e sensibilidade) na região dos olhos, bochechas, testa e dentes — ou seja, todas as áreas que circundam a área inflamada.

Dores de cabeça, nariz entupido, tosse e dor de garganta também são comuns durante o quadro. Vale lembrar de que as dores podem atingir apenas um ou os dois lados do rosto, dependendo de onde está a inflamação. O tratamento vai depender da avaliação médica, que indicará medicamentos antibióticos, antigripais ou corticoides, de acordo com cada sinusite. A lavagem com soro fisiológico e remédios para aliviar a dor também são muito comuns.

10. Enxaqueca

Só quem sofre de enxaqueca conhece a necessidade de se esconder em um local completamente silencioso e escuro até os sintomas passarem — ou, ao menos, serem amenizados. Isso porque a doença causa uma intensa dor de cabeça, tontura e sensibilidade à luz (o que pode ser atenuado com óculos escuros, se a pessoa não puder se esconder).

Assim como a sinusite, a enxaqueca pode afetar apenas um lado da face. Em relação à visão, outras ocorrências comuns são lacrimejamento e “luzes piscando”. Cada quadro de enxaqueca precisa ser avaliado cuidadosamente por um neurologista, pois, geralmente, trata-se de uma doença que acompanha o indivíduo por toda a vida. Apenas o profissional pode indicar os medicamentos e tratamentos mais adequados.

Como a dor nos olhos é um sintoma comum a muitas patologias, é preciso estar atento a outros sinais que aparecem conjugados. Vale reafirmar a importância de realizar consultas periódicas ao oftalmologista. Além disso, assim que verificar qualquer anormalidade, procure de imediato um atendimento médico. Não demore, pois, como vimos, alguns transtornos são silenciosos e muito graves. A prevenção é a melhor aliada da sua saúde ocular!

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