Entenda a neurite óptica e sua relação com a esclerose múltipla

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Os olhos são a porta de entrada para as imagens que nos permitem ver o mundo ao nosso redor. Além de possuírem uma beleza inegável, esses órgãos são estruturas complexas, planejadas milimetricamente para funcionar em sincronia.

Quando alguma coisa atrapalha esse funcionamento, pode ser perdido um dos mais belos sentidos, a visão. E existem algumas doenças que são capazes de fazer isso. Uma delas, não muito conhecida, é a neurite óptica, patologia inflamatória que reduz a acuidade visual e está muito relacionada com a esclerose múltipla.

Neste texto vamos explicar um pouco mais sobre essa doença, enumerando suas causas, sintomas e tratamentos. Quer saber mais sobre o assunto? Então acompanhe com a gente e amplie seus conhecimentos!

O que é neurite óptica?

A neurite óptica é uma doença que acomete o nervo óptico, causando a sua inflamação. Ela tem 3 formas de ocorrer no fundo de olho: 1. Neuroretinite (quando há a inflamação do nervo óptico e da retina circunjacente); 2. Papilite (quando acomete a papila ou cabeça do nervo óptico); 3. Neurite Retrobulbar (quando acomete a porção do nervo óptico situada atrás do olho). A forma retrobulbar é a mais difícil de identificar, pois o exame de fundo de olho pode aparecer normal, além disso, é a que tem maior associação com a esclerose múltipla.

O nervo óptico é revestido por uma bainha, chamada bainha de mielina. Essa bainha é indispensável para a propagação de um impulso nervoso de um nervo a outro. Existem doenças que causam a perda desta bainha, são conhecidas como doenças desmielinizantes.

Quando ocorre a perda da bainha do nervo óptico, os sinais elétricos não conseguem chegar à área do cérebro que irá interpretar as imagens, como resultado, a pessoa pode perder parcialmente ou totalmente a visão.

Quais são os sintomas?

A neurite óptica pode se manifestar de maneiras distintas, dependendo do paciente, mas, geralmente, tem um padrão de acometimento que segue uma linha específica, com a tríade clássica da doença:

  • redução ou perda da acuidade visual;
  • dor ocular (sobretudo quando movimenta os olhos);
  • discromatopsia, ou seja, uma percepção anômala das cores (sobretudo do vermelho).

Muitos pacientes são acometidos em apenas um olho, mas alguns podem desenvolver sintomas em ambos. No início, o único sintoma presente pode ser a dor.

Com a evolução da doença, o comum é que os pacientes percebam perda da acuidade visual. Em algumas pessoas esses sintomas podem ser passageiros, já em outras podem permanecer sequelas, como dor ocular crônica e visão turva.

Quais são as causas?

A neurite óptica pode surgir por diversas causas, inclusive se manifestando de maneira idiopática, ou seja, sem uma causa aparente. Dentre as principais causas podemos destacar:

  • doenças autoimunes, como a esclerose múltipla;
  • infecções virais (caxumba, varicela, herpes vírus etc);
  • doenças inflamatórias (tuberculose, sífilis etc).

Todas essas doenças podem levar a perda da bainha de mielina e atrapalhar a condução de impulsos nervosos para o cérebro.

Qual a relação da neurite óptica com a esclerose múltipla?

A esclerose múltipla é uma doença que causa a perda da bainha de mielina dos neurônios do sistema nervoso central. Essa bainha atua como o encapamento de fios elétricos, permitindo que ocorram os impulsos nervosos, ou seja, que as informações sejam levadas de um lugar a outro em nosso corpo.

Nos pacientes portadores de esclerose múltipla, a dificuldade na propagação destes impulsos provoca distúrbios na fala, na locomoção, na força e, também, alterações visuais. É importante lembrar que essa doença é progressiva e não tem cura, acometendo milhares de pessoas ao redor do mundo.

A neurite óptica está extremamente ligada a essa doença, sendo, por muitas vezes, o primeiro sintoma a surgir, indicando a existência da esclerose múltipla. Nela, ocorre a desmielinização do nervo óptico, provocando a inflamação descrita anteriormente.

É importante que os pacientes que já tiveram um episódio de neurite tenham avaliação regular com neurologista, pois a presença de exames neurológicos normais, não exclui a possibilidade deste paciente vir a desenvolver esclerose múltipla no futuro, daí a importância do acompanhamento.

Como é realizado o diagnóstico?

O diagnóstico da neurite óptica é feito a partir do exame oftalmológico em associação com o relato dos sintomas pelo próprio paciente. Em seguida, o médico pode solicitar alguns exames complementares para definir a causa da lesão.

O oftalmologista pode realizar exames como a campimetria visual, o potencial evocado visual e o exame de fundo de olho. Além disso, alguns marcadores sorológicos presentes no sangue do paciente podem indicar a causa da neurite.

A ressonância magnética do crânio, utilizando contraste, é de extrema importância para detectar as áreas de desmielinização.

Exames como o RX de tórax e a punção lombar também são bastante úteis, pois eles são capazes de demonstrar infecções e excluir o diagnóstico de doenças que podem mascarar a identificação de uma neurite óptica.

Como é o tratamento?

O tratamento da neurite óptica vai depender da causa base. É importante que a inflamação seja corrigida, mas também é necessário que a causa essencial do problema seja resolvida.

Após o tratamento, existe uma grande possibilidade de melhora gradativa da acuidade visual e da dor ocular. Entretanto esse processo pode levar algumas semanas para acontecer.

Um dos medicamentos mais utilizados é a metilpredinisolona intravenosa. Ela pode auxiliar o retorno da visão, em especial nos casos em que a perda esta ligada a esclerose múltipla.

Não podemos deixar de mencionar a importância de contar com a experiência do seu médico. Assim que os primeiros sintomas da neurite óptica aparecerem, é preciso entrar em contato com um especialista. Lembre-se: um tratamento rápido e eficaz permite reverter sintomas e minimizar sequelas em várias doenças e na neurite óptica não é diferente.

Portanto, não hesite em procurar por médicos especialistas, não fique esperando o aparecimento de vários sintomas. Ao menor sinal, já marque uma consulta, pois, caso a doença seja verdadeira, a chance de recuperação será cada vez maior. Pense nisso!

E aí, gostou do nosso texto e aprendeu um pouco mais sobre a neurite óptica e sua relação com a esclerose múltipla? Então, que tal seguir nossa página no Facebook e ficar por dentro de todos os nossos conteúdos? Esperamos você!

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