Maculopatia: O que é? Quais as causas? Tem tratamento?

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A maculopatia é um termo genérico que se refere às diferentes doenças da mácula. A mácula é a parte central da retina, responsável pela visão de detalhes.

A mácula desempenha um importante papel na visão. Quando sofre alterações, a função visual pode ficar gravemente comprometida. Os sintomas da maculopatia apresentam variações de acordo com cada um dos tipos da doença.

Para um melhor entendimento sobre o assunto, reunimos neste artigo informações sobre a tipologia da maculopatia, os sintomas e tratamento para cada variação dessa alteração. Continue lendo para saber mais!

Maculopatia diabética

É o tipo mais comum de maculopatia. Também conhecida como edema macular diabético. É uma consequência da retinopatia diabética, sendo essa alteração provocada (como o próprio nome diz) pelas complicações do diabetes.

A maculopatia diabética é uma das principais causas da cegueira em pacientes diabéticos, tendo em vista as alterações que provoca nos vasos sanguíneos da retina.

Já a retinopatia diabética é classificada de acordo com a evolução da doença. Dessa forma, ela pode se apresentar em duas fases e diferentes graus de gravidade de acordo com as lesões provocadas na retina. Saiba quais são fases.

Não-proliferativa

Nessa fase, a doença se encontra em estágio menos avançado e apresenta diferentes graus de evolução:

  • pré-proliferativa ou incipiente — estágio inicial da doença que não acarreta alterações visuais, porém pode evoluir e causar a perda da visão;
  • não proliferativa leve — se refere ao estágio precoce da alteração, com pequenas dilatações vasculares visíveis;
  • não proliferativa moderada — com a progressão da doença, surgem depósitos de lipídios e lipoproteínas (exsudatos) duros e moles na retina posterior;
  • não proliferativa grave — além dos sinais da moderada, ocorre também a obstrução dos vasos sanguíneos, atrapalhando a irrigação; as áreas afetadas estimulam a formação de novos vasos sanguíneos.

Proliferativa

Essa é a fase mais avançada da doença e se caracteriza pela formação de novos vasos sanguíneos na superfície da papila e da retina. Porém, eles são frágeis, constituídos somente por epitélio.

Esses vasos crescem ao longo da retina e se dirigem ao vítreo sem apresentar sintomas. Entretanto, por serem delicados, podem se romper e liberar sangue na cavidade vítrea, causando a perda da visão súbita.

O edema macular diabético é provocado pelo acúmulo de líquido na mácula e pode ocorrer em qualquer estágio da retinopatia diabética, sendo a principal causa de perda visual nos diabéticos.

 

Injeção de corticoide intravítreo para edema macular diabético

Fotografia de um fundo de olho com edema macular diabético.

Tratamento

O tratamento depende do estágio em que a doença se encontra.

Um dos tratamentos disponíveis é a fotocoagulação a laser associado ou não a injeções de medicações intraoculares que estabiliza e melhora a visão.

Caso haja sangue no vítreo, é necessária uma cirurgia de vitrectomia para a recuperação visual.

Maculopatia degenerativa

Conhecida também por degeneração macular relacionada à idade (DMRI), essa doença ocular é considerada uma das principais causas de perda de visão em um ou ambos os olhos em pacientes com mais de 65 anos.

A doença provoca lesões na mácula, região do olho responsável pela visão central, que possibilita enxergar objetos à frente no nosso campo visual.

Pode ser dividida em 2 formas: (1) seca: corresponde a 90% dos casos e tem um progressão mais lente e (2) Úmida: corresponde a 10% dos casos e apresenta progressão rápida.

 

Foto da retina mostrando uma degeneração macular relacionada a idade.

Foto da retina mostrando uma degeneração macular relacionada a idade.

Sintomas

Nos estágios iniciais e intermediários, geralmente não há sintomatologia. Dessa forma, o diagnóstico da doença  pode ser realizada com exame de fundo de olho.

Em estágios mais avançados, é comum que o paciente perceba distorções na imagem (metamorfopsia) e escurecimento da visão central.

Tratamento

O tratamento é feito por um médico oftalmologista especialista em retina (retinólogo) e depende do estágio em que a doença se encontra.

Nas fases iniciais e intermediárias não há necessidade de tratamento: apenas um acompanhamento médico regular. Alguns estudos científicos demonstraram que o uso de anti-oxidantes pode diminuir a progressão da degeneração em 25% dos casos.

A DMRI úmida é tratada com terapias que envolvem injeção de antiangiogênicos intraoculares, periodicamente.,

Maculopatia miópica

É uma doença degenerativa da retina que ocorre secundária à alta miopia. Nesse caso, podem ocorrer várias alterações no fundo do olho.

Essa doença pode estar associada a catarata, descolamento da retinaglaucoma e algumas doenças sistêmicas, como as síndromes de Marfan, Stickler e Ehlers-Danlos.

Sintomas

É comum a queixa de embaçamento da visão central.

Tratamento

Nos casos onde ocorre a formação de uma neovascularização abaixo da mácula, pode estar indicado o tratamento com substâncias antiangiogênicas em geral.

Maculopatia pós-facectomia

Também chamado de edema macular cistóide, é causada por acúmulo de líquidos na região macular, com aspecto em favo de mel ou estrelar. É uma complicação da cirurgia de catarata, podendo ocorrer em cirurgias que não tiveram nenhuma intercorrência, mas é mais comum após complicações cirúrgicas.

Sintomas

Redução da acuidade visual, devido ao edema macular.

Tratamento

Para se obter êxito no tratamento, é necessário que a doença seja diagnosticada precocemente. O tratamento depende da gravidade da doença. A primeira linha de tratamento é feita com medicações anti-inflamatórias (corticóides ou anti-inflamatórios não hormonais), em geral de uso tópico (colirios) ou pode se usar injeções intra-oculares de corticóide.

Maculopatia traumática

Em geral, a maculopatia traumática se relaciona mais com as características do traumatismo do que com a sua intensidade. É mais comum ocorrer após um trauma contuso, p ex um soco. Pode levar ao desenvolvimento do buraco de mácula.

Sintomas

A sintomatologia depende do tipo de traumatismo e das lesões provocadas.

Tratamento

Geralmente, a intervenção cirúrgica é necessária se há complicações como descolamento de retina ou hemorragias ou buraco macular.

Maculopatia solar

Trata-se de uma lesão na retina, causada após observação direta do sol por um tempo excessivo. Isso pode ocorrer em um dia normal ou durante um eclipse solar sem a proteção de óculos de sol. Pode ocorrer também após o uso de solda elétrica.

Mesmo que a pessoa esteja com a pupila fechada, a observação do sol por mais de 90 segundos ultrapassa o limiar de segurança para evitar lesões na retina. Normalmente, essa maculopatia é bilateral, sendo mais grave no olho dominante. No início, o fundo do olho se apresenta normal, mas após 24 horas, surge uma lesão amarelada na mácula.

Sintomas

Dentre os sintomas, há uma redução na acuidade visual, metamorfopsias (distorção da visão), fotofobia, discromatopsia (alteração na visão de cores), escotomas (perda momentânea total ou parcial da visão) e dor nos olhos, nas primeiras após a exposição.

Tratamento

A lesão pode desaparecer após 1 ou 2 semanas ou evoluir para a maculopatia com baixa visão. Dessa forma, é fundamental ajuda de um médico especialista para exames e diagnóstico da gravidade da lesão.

Os diferentes tipos da doença, que comentamos neste artigo nos dá uma visão geral do que é maculopatia. Como vimos, há uma grande variação com diferentes sintomas e que exigem tratamentos diferenciados. Nesse sentido é fundamental se consultar com um oftalmologista, aos primeiros sinais de qualquer alteração na visão.

Você se identificou com algum dos sintomas relatados neste artigo ou sente alguma alteração na visão? Então, entre em contato conosco e agenda uma consulta!

 

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