O descolamento de retina é um problema ocular que causa muita preocupação entre os pacientes. Isso devido o processo ser silencioso ou contar com pouquíssimos sintomas, além de poder levar a perda parcial ou total da visão de forma irreversível.
Essa condição é mais comum entre os pacientes com alto grau de miopia, mas também pode afetar pessoas que sofreram traumas oculares ou que têm diabetes ou hipertensão, assim como pode não ter nenhuma causa subjacente.
Para falar sobre o descolamento de retina, suas possíveis causas, consequências e formas de tratamento, criamos esse artigo. Continue lendo e tire suas dúvidas sobre essa doença ocular.
O que é descolamento de retina?
Para explicar o que é o descolamento de retina, você precisa conhecer um pouco mais sobre as estruturas do globo ocular. Na parte posterior do olho há a retina, uma camada de tecido fina que transforma os raios luminosos em sinais elétricos para enviá-los para o cérebro.
Essa camada fica “presa” no seu lugar por causa de outra estrutura, chamada vítreo, uma substância gelatinosa que preenche todo o olho. O problema, então, ocorre quando a retina se descola desse tecido que dá suporte, ficando “solta” dentro do globo ocular.
Esse descolamento de retina pode ocorrer de três formas diferentes:
- tracional: ocorre quando há a tração da membrana por mudanças no vítreo;
- regmatogênico: o vítreo se descola, causando um rasgo na retina e
- exsudativo: há o descolamento sem rasgo, mas com acúmulo de um líquido na membrana.
Para saber mais, dê play no vídeo abaixo e confira a explicação do Dr. Alexandre Rosa.
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Quais são as causas do descolamento de retina?
O descolamento de retina pode ocorrer por diversos fatores. Os principais são:
- traumas: como batidas, impactos ou acidentes;
- diabetes: causado por cicatrizes nos vasos sanguíneos da parte posterior do olho;
- processos inflamatórios: a inflamação dos tecidos também predispõe o descolamento;
- miopia: a retina de pacientes míopes é mais fina do que o normal, aumentando a propensão do descolamento.
Além disso, pessoas com mais idade são mais propensas a esse problema, já que com o passar dos anos há a retração do humor vítreo, aumentando o risco de ocorrer um descolamento. Vale ressaltar que também há muitos casos que ocorrem sem nenhuma causa aparente, em que a retina simplesmente se “solta”.
É possível prevenir esse problema?
O descolamento de retina não é uma doença que pode ser prevenida completamente, afinal, nem sempre há uma causa por trás do problema. Apesar disso, alguns hábitos podem ser inseridos no seu dia a dia para reduzir os fatores de risco.
O primeiro deles é evitar ao máximo os traumas oculares, como boladas ou outros tipos de impactos nos olhos. Para isso, recomenda-se evitar esportes radicais ou ao menos utilizar todos os equipamentos de proteção para evitar imprevistos. Além disso, é preciso controlar doenças, como diabetes, e processos inflamatórios, que também aumentam as chances dessa condição ocorrer.
Outra prática importante na prevenção de descolamento de retina é realizar consultas regulares com um oftalmologista para fazer exames e garantir a saúde ocular. Esse hábito também auxilia no diagnóstico precoce, evitando maiores complicações.
Como identificar um descolamento de retina?
O descolamento de retina é normalmente identificado pelo paciente a partir dos seus sintomas, que envolvem:
- flashes luminosos;
- moscas volantes;
- visão embaçada e
- perda súbita de visão.
No aparecimento dos primeiros sintomas, deve-se procurar com urgência um médico para evitar maiores complicações, como a cegueira irreversível ou a atrofia ocular, caracterizada pela perda da capacidade do nervo óptico de transmitir sinais para o cérebro.
Como é feito o tratamento?
O descolamento de retina é um problema sério, mas, com o tratamento correto, é possível evitar complicações ou recuperar a visão. Para isso, deve-se buscar quanto antes ajuda médica para evitar que a estrutura se “solte” cada vez mais.
Na maioria dos casos, o tratamento é feito de forma cirúrgica, podendo envolver diferentes técnicas, como:
- vitrectomia: envolve a retirada do vítreo e a sua substituição por gás ou óleo de silicone;
- introflexão escleral: faixas de silicone são costuradas por fora do olho para fechar as rupturas e
- retinopexia pneumática: há a injeção de gás nos olhos para obstruir o buraco existente.
Para saber mais sobre cada uma dessas cirurgias, assista a nossa live completa sobre o tema.
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Dr. Alexandre Rosa possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA/1996) e doutorado em Oftalmologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP/2005). Especialista em doenças da retina e vítreo (retinólogo) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo. Atualmente, é médico preceptor da residência médica do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza, além de ser professor de Oftalmologia da Universidade Federal do Pará (UFPA).