Coceira no olho: descubra o que pode ser

Homem com sintomas de coceira no olho

Vamos conversar sobre uma sensação incômoda, mas muito comum e que sempre gera a pergunta clássica dos consultórios oftalmológicos: o que pode ser coceira no olho? Afinal, quem nunca passou por isso?

Apesar de ser algo que podemos fazer sem nem perceber, precisamos ter cuidado, porque coçar os olhos não faz bem para a saúde ocular.

A fricção e a pressão exercidas podem trazer complicações que prejudicam a visão, além do perigo dos nossos dedos levarem microrganismos ao globo ocular.

Então, o ideal é entender o motivo da coceira e buscar o melhor tratamento para aliviar a irritação. Ela acontece em função de vários fatores e pode ser seguida de outros sintomas, como vermelhidão, secreção e embaçamento visual.

Esses sinais e sintomas ajudam a identificar a causa do problema, mas, ainda assim, é preciso procurar um médico oftalmologista.

Portanto, vamos solucionar a grande questão sobre o que pode ser coceira no olho? Neste material, você verá algumas possíveis causas para entender o porquê do incômodo.

Veja também quais são os riscos e como podemos tratar ou aliviar o desconforto.

O que pode ser coceira no olho?

Quem nunca sentiu aquela vontade quase incontrolável de coçar os olhos?

Essa é uma sensação muito comum e que pode ser desencadeada por uma série de fatores diferentes. É possível que indique apenas um corpo estranho em contato com o globo ocular.

No entanto, em alguns casos é ainda o sintoma de um problema mais complexo.

Devemos nos lembrar que os olhos são órgãos muito sensíveis e facilmente se irritam em função de partículas de sujeira, fumaça, ressecamento ou a presença de microrganismos. Por isso, quando o incômodo é recorrente, ele precisa ser avaliado por um especialista.

A seguir, listamos os fatores mais comuns que causam coceira no olho para que você entenda o que deixa a vista irritada. Acompanhe.

Conjuntivite alérgica

A conjuntivite alérgica é uma das principais causas da coceira no olho. Esse problema não é gerado por um vírus ou bactéria, como as outras formas de conjuntivite, mas desencadeado por fatores irritantes, como fumaça de cigarro e outros poluentes, poeira, pólen, pelos de animais e demais partículas, geralmente dispersas no ar.

Quando entram em contato com os olhos, elas provocam uma reação do sistema imunológico, que desencadeia a coceira como uma forma de alerta do organismo. Porém, por mais que haja vontade, coçar não é a melhor maneira de aliviar o problema, porque os dedos podem estar sujos e irritar ainda mais os tecidos.

A conjuntivite alérgica pode se manifestar durante o ano inteiro. Para algumas pessoas, é mais frequente no verão e na primavera, por causa de alergênicos dispersos no ar, como o pólen das plantas.

Para outros, a alergia se manifesta com mais intensidade nos meses frios ou com baixa umidade atmosférica, principalmente em função da concentração de poeira e poluentes, associada ao tempo seco, que desidrata os olhos.

Além da coceira, esse tipo de conjuntivite desencadeia também sintomas como lacrimejamento, vermelhidão e sensação de areia no olho. Por isso, é importante identificar o que estimula a conjuntivite alérgica e evitar o contato com o fator alergênico.

Conjuntivite bacteriana ou viral

A conjuntivite viral é uma condição mais comum do que a bacteriana. Seu principal agente causador é o adenovírus, um vírus transmitido quando os olhos entram em contato com secreções contaminadas (a transmissão não ocorre pelo ar).

O principal sintoma dessa infecção é a vermelhidão nos olhos, acompanhada de coceira, dor e sensação de areia ao piscar.

O paciente pode ter ainda sensibilidade à luzvisão embaçada. A secreção, no caso da infecção viral, aparece em pouca quantidade, menos espessa e esbranquiçada.

As conjuntivites causadas por bactérias são raras e têm um quadro com sintomas mais exuberantes do que a viral, embora sejam os mesmos.

Além disso, a secreção é abundante, amarelada e bastante densa. Em alguns casos, a pessoa pode até ter dificuldade de abrir os olhos pela manhã devido ao seu acúmulo.

Hordéolo (terçol)

hordéolo também é uma doença ocular popularmente conhecida como “terçol”. O problema costuma ser facilmente identificado pela própria pessoa, pois caracteriza-se pela formação de uma pequena protuberância na pálpebra, seja ela inferior ou superior, em função da obstrução de glândulas presentes na região.  

Além da coceira no olho, esse problema também provoca ardência, inchaço e vermelhidão no local. Porém, por mais que existam receitas caseiras para curar o terçol, o melhor é procurar as orientações do oftalmologista. 

Na RetinaPro, temos uma equipe pronta para cuidar da sua saúde ocular!

Leia também: 7 coisas para saber antes de marcar sua consulta oftalmológica

Entre o que pode ser coceira no olho, estão as inflamações

Manifestações inflamatórias nos olhos e em suas estruturas, como no caso da blefarite, promovem a coceira.

Assim como acontece com o terçol, essas manifestações desencadeiam outros sintomas associados, por exemplo, vermelhidão, inchaço, sensação de queimação ou corpo estranho, dor, lacrimejamento e outros.

No entanto, a coceira nos olhos também pode ser sinais de uma reação alérgica, provocada pela exposição e contato da região dos olhos com agentes alérgenos, como o pólen ou a poeira.

Nestes casos, é recomendado investigar, por meio de exames médicos, quais são os agentes e partículas que causam irritação por uma hipersensibilidade natural da pessoa. Assim, reconhecendo-se a causa, pode-se evitar os sintomas associados, como a coceira.

Síndrome do olho seco

Você já ouviu falar dessa condição oftalmológica? Ela consiste na redução da produção de lágrimas, deixando os tecidos oculares ressecados.

Quando isso acontece, eles se irritam facilmente com agentes externos e o atrito com as pálpebras causa a coceira. A síndrome do olho seco pode ser resultado ainda da desidratação orgânica, envelhecimento natural, uso excessivo de telas ou longa permanência em ambientes com ar-condicionado.

Cansaço visual

Não são só os nossos músculos que entram em estado de fadiga, a vista também fica cansada quando é exigida demais, seja pelo uso excessivo do computador, do celular, assistir muita televisão ou ler continuamente, por exemplo. 

Tudo isso provoca um grande esforço e reduz a quantidade de piscadas. O olho deixa de ser lubrificado corretamente, o que provoca a desidratação dos tecidos e, consequentemente, a coceira.

Mulher com sintoma de coceira no olho por cansaço visual

Outras condições que fazem os olhos coçarem

A lista do que pode causar coceira no olho continua. Precisamos ainda ter atenção a essas condições:

Porém, independentemente do que esteja causando o problema, lembre-se do que já mencionamos: é importante evitar ao máximo coçar os olhos! A seguir, explicamos quais são as complicações que esse ato pode causar.

Quando a coceira no olho é preocupante?

Como vimos, a coceira no olho pode ser um sintoma comum e muitas vezes inofensivo, resultante de irritações leves como a presença de um corpo estranho, ou de condições como a síndrome do olho seco e fadiga visual após uso prolongado de telas.

Contudo, a preocupação aumenta quando essa coceira é recorrente ou acompanhada de outros sinais, como vermelhidão, secreção, inchaço ou embaçamento visual.

Nesses contextos, a coceira pode indicar condições que demandam intervenção médica, como conjuntivite alérgica, viral ou bacteriana, blefarite, hordéolo (terçol), ou inclusive doenças mais sérias como ceratocone.

Por este aspecto, recomenda-se uma maior atenção quando os sinais da coceira ocular persistem, e não melhoram com medidas comuns de alívio, como compressas frias ou lavagem com água limpa.

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O que pode ser coceira no olho e seus riscos

Levar as mãos aos olhos para coçá-los, muitas vezes, é um ato espontâneo e involuntário quando o incômodo se manifesta. É irresistível fazer isso, mas precisamos policiar os nossos atos para não agravar a situação.

Considere que nossas mãos, geralmente, não estão limpas, já que tocamos várias coisas ao nosso redor. Assim, ao coçar os olhos, levamos para eles mais partículas e, em alguns casos, microrganismos patogênicos (ou seja, que fazem mal à saúde).

Dessa forma, os olhos coçam ainda mais, ou pior, manifestam complicações desencadeadas por bactérias e vírus, como inflamações, infecções e as conjuntivites.

Há ainda outro agravante, que é a fricção excessiva no globo ocular.

Como os olhos são sensíveis, existe a possibilidade de microtraumas que predispõem ao descolamento ou sangramentos na retina. Em casos graves, isso pode causar a perda total da visão!

Não podemos nos esquecer do risco de provocar lesões na córnea, deixando-a deformada, um problema que pode se tornar permanente. É comum a associação de coceira nos olhos ao desenvolvimento de uma doença chamada ceratocone.

Para entender essa condição, precisamos ressaltar que a córnea, uma camada fina e transparente que recobre o globo ocular, faz o papel de lente fixa sobre a íris (área colorida dos olhos).

Dessa forma, a luz é projetada sobre a retina por meio da pupila, permitindo que a pessoa consiga enxergar com clareza. Porém, alterações na transparência da córnea ou em sua curvatura, como em pacientes com ceratocone, podem comprometer a visão.

Com isso, há uma redução progressiva da espessura central da córnea. Esse defeito impede que ocorra a projeção de imagens nítidas na retina.

Apesar de ser uma doença genética rara, com 150 mil diagnósticos por ano, de acordo com o Ministério da Saúde, existem fatores que contribuem para o seu aparecimento, como o ato de coçar ou esfregar os olhos.

Leia também: Ceratocone – descubra quais as formas de tratar essa doença

Como é o tratamento?

A coceira no olho pode ser aliviada de forma segura e isso é feito dependendo do que está causando o problema.

No caso da conjuntivite alérgica, podemos prevenir o incômodo evitando o contato com o agente alergênico, tratando a alergia que afeta outras áreas do corpo (como a rinite) e a ocular.

Nesse caso, é interessante que a pessoa tenha antialérgicos sistêmicos e tópicos, ou seja, colírios próprios para combater a irritação causada pela alergia.

É importante salientar que colírios para diminuir a vermelhidão do local não devem ser usados sem recomendação médica. Isso porque a diminuição da irritação pode se tornar apenas aparente, havendo permanência da coceira nos olhos.

Além disso, com o tempo há uma relação de dependência, ou seja, os olhos tendem a ficar vermelhos para receber a medicação.

Lavar os olhos também é uma boa alternativa para remover possíveis partículas que estejam em contato com eles, o que pode causar coceiras e bastante incômodo ocular.

Nessa situação, recomenda-se que a limpeza seja feita com água ou com produtos específicos recomendados pelo oftalmologista como shampoo neutro.

Outra opção envolve compressas frias, que minimizam o desconforto, porque reduzem os processos inflamatórios ao controlar a circulação sanguínea.

Além disso, o descanso dos olhos é essencial, principalmente para quem realiza um esforço visual prolongado.

As pausas regulares devem ser realizadas para que a vista mantenha outro foco. Uma dica é procurar observar seu hábito de piscar para que os olhos sejam lubrificados.

Não se esqueça ainda de beber bastante água, a fim de que a produção de lágrimas mantenha-se adequada.

No caso das mulheres, é importante observar se o uso de maquiagens (principalmente com data de validade vencida) pode estar desencadeando alergia local. Caso isso aconteça, procure investir em produtos de boas marcas e hipoalergênicos.

Porém, se o incômodo persistir, suspenda temporariamente o uso e consulte um oftalmologista.

Por fim, é fundamental que as pessoas que usam lentes de contato corretivas tenham bastante cuidado. É essencial retirá-las antes de dormir e limpar sempre antes de aplicá-las nos olhos.

Também não se deve usá-las após o período recomendado, visto que essa é uma das causas de coceira nos olhos e infecções que podem se tornar bastante graves.

É possível prevenir a coceira no olho?

Sim! A prevenção começa com a manutenção de uma boa higiene ocular. Lavar as mãos com frequência é crucial para evitar o transporte de microrganismos para os olhos. Além disso, é importante evitar esfregar a região, o que pode irritar ainda mais a superfície ocular.

Outras estratégias preventivas incluem o uso correto de lentes de contato, removendo antes de dormir, e a limpeza adequada antes de recolocá-las. Além de substituí-las conforme as recomendações do fabricante.

A hidratação correta também é importante. Um ambiente com umidade adequada e a ingestão de líquidos pode ajudar a prevenir o ressecamento ocular, especialmente em ambientes com ar-condicionado ou em regiões com clima seco.

Para os indivíduos com tendência a alergias, recomenda-se identificar e minimizar a exposição aos alérgenos, como o pólen ou a poeira. Adaptar o ambiente, evitando-se o contato com estes agentes, também é uma boa estratégia.

Ou seja, adotando esses hábitos, é possível reduzir o risco de coceira nos olhos e promover a saúde dos olhos. No entanto, se a coceira persistir, é imperativo consultar um oftalmologista para o devido diagnóstico e tratamento.

Fachada da RetinaPro, consulta para coceira no olho

Conseguiu compreender o que pode ser coceira no olho?

Você percebeu que nem sempre é fácil identificar o que pode ser coceira no olho, pois as causas são várias!

Desde irritações alérgicas até a presença de infecções, a coceira no olho quando não tratada pode evoluir para quadros que demandam maior atenção médica.

Portanto, caso o incômodo seja recorrente, procure rapidamente um oftalmologista para que ele identifique o que está por trás do problema e indique a melhor alternativa para prevenir novos eventos. 

E vale sempre a pena ressaltar: evite a automedicação. Esta prática pode agravar os sintomas e causar complicações preocupantes.

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