A fotocoagulação a laser é um procedimento oftalmológico realizado de maneira rotineira no consultório, que tem como finalidade o tratamento de diversas doenças dos olhos, sobretudo doenças vasculares, com objetivo principal de preservar a visão e impedir a progressão dessas doenças.
Neste post, vamos explicar um pouco mais sobre esse procedimento, quais as doenças que ele trata e suas complicações. Quer saber mais sobre o assunto? Então acompanhe!
O que é a fotocoagulação a laser?
Esse procedimento é utilizado para tratar uma série de doenças, sobretudo doenças vasculares da retina. Até a sua invenção, muitas doenças dos olhos não possuíam tratamento eficaz e com relativa frequência resultavam em graves hemorragias oculares.
O laser emite um intenso feixe de luz sobre as células do epitélio pigmentado da retina, a qual converte-se em energia térmica, aumentando a temperatura do local onde é aplicado. A abrasão do tecido provoca desnaturação das proteínas, com consequente coagulação e formação de tecido de cicatrização.
Todo esse procedimento ajuda a reduzir a formação de vasos sanguíneos anômalos na retina, responsável por causar diversas doenças como o glaucoma neovascular e a retinopatia diabética. Não se sabe ao certo qual o mecanismo que o laser promove esses efeitos na retina, algumas teorias são de que possa reduzir a quantidade de retina doente, a qual por sua vez produz uma serie de substâncias, como o VEGF (fator de crescimento do endotélio vascular) responsáveis pelo aparecimento de novos vasos.
Outras teorias seriam de que há um redirecionamento de fluxo sanguíneo para a retina não tratada e liberação de fatores de proteção vascular pelas células do epitélio pigmentado da retina.
O procedimento pode ser feito com aplicações localizadas e direcionadas em vasos específicos (a fotocoagulação focal) ou tratar a retina inteira (a panfotocoagulação retiniana).
Ilustração de uma aplicação de fotocoagulação a laser.
Quais doenças o procedimento é capaz de tratar?
Várias doenças retinianas podem ser tratadas com a fotocoagulação a laser.
- Retinopatia diabética: é uma doença muito comum, que promove o formação de novos vasos sanguíneos (neovasos) na retina, os quais podem sangrar e provocar sérios danos à visão.
- Oclusão da veia da retina: ocorre uma obstrução de uma das veias da retina e, consequentemente, falta de oxigenação na periferia da retina.
- Fragilidades da retina como degeneração lattice ou rupturas de retina: também podem precisar de tratamento com laser.
O procedimento causa dor?
O procedimento de fotocoagulação a laser é causa pouco ou nenhum desconforto, sendo é feito, na maioria das vezes, sob anestesia tópica (colírio). Em raros casos onde o paciente queixa-se de desconforto pode ser necessário o uso de anestesia injetável, onde se infunde um anestésico periocular.
Como o procedimento é feito?
A fotocoagulação a laser é extremamente simples: o procedimento é feito no consultório médico e dura, em geral, poucos minutos.
Além de ser rápido, o paciente não precisa se preparar nem estar em jejum. Um cuidado a ser tomado é levar um acompanhante, já que o paciente terá dificuldades em enxergar por algum tempo após, devido a dilatação pupilar.
Quais são os riscos e os efeitos colaterais?
A fotocoagulação a laser é um procedimento extremamente seguro, e as complicações são extremamente raras.
Dentre as possíveis complicações destacamos a turvação transitória da visão, edema da mácula, alterações na visão das cores, prejuízo da visão noturna e uma série de defeitos no campo visual.
No entanto, quando realizado por uma equipe experiente, as chances de complicações são reduzidas.
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