Descubra 5 doenças dos olhos que causam hemorragia vítrea

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A hemorragia vítrea ou “hemovítreo” ocorre quando há um sangramento na parte interna do humor vítreo — uma substância gelatinosa, composta por 99% de água, localizada dentro dos olhos, entre o cristalino e a retina, que auxilia na manutenção do formato esférico do olho.

Essa condição ocorre devido à alteração ou dano a um vaso sanguíneo na parte de trás do olho (retina). Nesse caso, as células do sangue, filtradas no vítreo refletem a luz captada pelo olho e distorce a visão.

Há inúmeros fatores que predispõem à condição. Para ajudar no entendimento sobre essa alteração ocular, neste conteúdo vamos comentar sobre as 5 principais doenças que provocam a hemorragia vítrea.

Continue a leitura para conhecê-las!

Sintomas da hemorragia vítrea

Os sinais da hemorragia vítrea podem ser diferentes, de acordo com a gravidade e as causas. Em geral, o sangue no fluido gelatinoso do olho dispersa a luz, podendo provocar os seguintes sintomas:

  • lampejos de luz;
  • manchas escuras;
  • moscas volantes;
  • mudanças ou distorção do campo visual (pontos cegos);
  • perda visual súbita ou progressiva;
  • sombras;
  • visão turva;
  • visualização de tons vermelhos.

Em alguns casos, as alterações na visão são mais intensas pela manhã.

Doenças que causam a hemorragia

Conforme comentamos, são vários os fatores que podem provocar hemorragia vítrea. Entretanto, a causa mais comum dessa ocorrência é a Retinopatia Diabética. A seguir, conheça as 5 principais doenças relacionadas a essa ocorrência:

1. Retinopatia Diabética

Poucas pessoas associam o diabetes a enfermidades oculares. Entretanto, a falta de cuidados com as taxas glicêmicas prejudicam a visão, podendo levar à cegueira.

Uma das mais graves complicações dessa doença é a Retinopatia Diabética, que atinge os vasos sanguíneos, no tecido da parte posterior do olho — a retina. Ela pode se apresentar como “não proliferativa” — na fase inicial — e proliferativa, que é mais grave.

Muitas vezes o paciente não percebe ou não dá a devida importância para alguns sintomas, como:

  • visão embaçada;
  • flashes de luz no campo visual;
  • percepção de manchas;
  • perda repentina de visão.

Dessa forma, é fundamental consultar um oftalmologista, especialista em retina, anualmente, informando sempre a condição de paciente com diabetes.

2. Oclusões venosas da retina

A oclusão venosa da retina é a obstrução ou bloqueio de, uma ou várias, veias que levam oxigênio e nutrientes à retina. Essa é a segunda causa mais comum de cegueira por alteração vascular, após a retinopatia diabética.

Embora seja mais frequente em pessoas com mais de 65 anos, a oclusão pode ocorrer em qualquer idade. A condição mais frequente é o endurecimento das artérias (aterosclerose), bem como a formação de um coágulo sanguíneo nos olhos.

O bloqueio das veias da retina pode levar a outras complicações oculares, como glaucoma, edema macular e perda parcial ou total da visão.

Os sintomas são diversos — pode não apresentar nenhum sinal ou se manifestar por deficiência visual grave e dor nos olhos. O mais frequente é a visão desfocada ou turva em um ou ambos os olhos.

Normalmente, essas alterações não causam dor, podendo ser repentinas ou se intensificarem em determinadas horas do dia. Entretanto, em alguns casos, pode ocorrer uma súbita perda de visão, acompanhada de pressão dolorosa no olho.

Por apresentar uma rápida progressão, quando não diagnosticada em tempo e tratada corretamente, a oclusão venosa pode levar à cegueira.

3. Rupturas ou rasgo de retina

As rupturas são pequenos rasgos que costumam ocorrer na periferia da retina. Elas acontecem quando o gel vítreo se separa da retina, exercendo uma tração que acarreta o seu rompimento. Essas alterações podem ser causadas por um traumatismo ou surgir de forma espontânea, principalmente em pacientes com miopia.

Ao nascermos, o vítreo tem uma consistência gelatinosa e se encontra totalmente colado na retina. Com o tempo, ele se liquidifica, podendo se descolar pela tração exercida na retina e provocar o aparecimento de rupturas. Esse processo é chamado de descolamento do vítreo posterior (DVP).

Pessoas que apresentam alta miopia, doenças inflamatórias do olho, traumas oculares, pós operatório de cirurgia de catarata e degenerações periféricas da retina devem ficar atentas, pois os pacientes nessas condições têm mais propensão a apresentarem essas rupturas. Como principais fatores de risco, podemos citar:

Os sintomas mais comuns são flashes de luz, percepção de manchas escuras (sujeiras) e moscas volantes.

4. Trauma

O trauma ocular é causado por acidentes com os olhos, como pancadas, perfurações e queimaduras. As principais causas incluem acidentes de trabalho e de trânsito, impactos na prática de esporte, ferimentos em brigas e quedas.

Os sintomas dependem da gravidade e região do olho afetada. Podem ocorrer desde uma simples sensação de irritação e olho vermelho, até dor e diminuição da visão.

Qualquer trauma que envolva o olho deve ser examinado o mais rápido possível por um oftalmologista para evitar complicações.

5. Descolamento agudo do vítreo posterior

O descolamento agudo do vítreo posterior (DVP) é a causa mais comum de queixas sobre moscas volantes e clarões luminosos unilaterais no campo visual. Alguns pacientes que apresentam liquefação do vítreo podem desenvolver essa alteração.

O descolamento posterior do vítreo pode causar os seguintes sintomas:

  • flashes de luz (fotopsia);
  • súbito aumento do número de corpos flutuantes (moscas volantes);
  • ligeira sensação de peso nos olhos.

As pessoas com esses sinais devem consultar com urgência um oftalmologista especializado em retina (retinólogo), pois a falta de cuidados médicos nas primeiras horas pode causar danos irreversíveis à visão, como a cegueira.

Diagnóstico

O diagnóstico da hemorragia vítrea é feito por meio de um mapeamento de retina. Geralmente, utiliza-se o ultrassom ocular para auxiliar na avaliação do quadro clínico.

É importante salientar que um oftalmologista de confiança é essencial para localizar a hemorragia, identificar a sua possível causa e definir o tratamento mais indicado. Além disso, o acompanhamento mensal com exame de ultrassom também é fundamental para avaliar o quadro clínico nos casos mais graves.

Tratamento

O tratamento da hemorragia vítrea depende da gravidade, causa e duração do quadro clínico. Em geral, essa ocorrência por si só não causa perda permanente da visão, pois o sangue pode ser absorvido pelo organismo em algumas semanas ou meses.

Dessa forma, pode ser adotada desde observação e o acompanhamento clínico com exames, até uma cirurgia (vitrectomia).

Como vimos, a hemorragia vítrea pode ser causada por várias doenças que acometem os olhos. Por esse motivo é muito importante consultar um retinólogo quando perceber alterações no campo visual, como moscas volantes, flashes de luz, sombras e outros sintomas.

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