Nossos genes e proteínas são codificados em nosso DNA e são eles que determinam nossas características e o que nos torna único enquanto indivíduo. Além disso, eles também contêm informações que podem influenciar negativamente nossa saúde, como as doenças oculares hereditárias.
Dentro da medicina, falamos que uma enfermidade é hereditária quando ela é herdada dos seus pais. Isso nem sempre quer dizer que alguém da família tem diretamente essa doença, uma vez que pode não necessariamente se manifestar ao longo da vida ou ocorrer apenas durante a terceira idade.
Para falar mais sobre esse tema, selecionamos as 5 doenças oculares hereditárias mais comuns. Continue lendo e saiba mais sobre elas.
Quais são as principais doenças oculares hereditárias?
Saber quais são as principais doenças oculares hereditárias é de extrema importância para que você fique atento aos seus sintomas oculares e cuide melhor dos seus olhos. Veja quais são elas:
1. Glaucoma
Em uma analogia simples, nossos olhos são como pneus e, assim, possuem uma pressão em seu interior, considerada normal e segura. Porém, se esses níveis de pressão se tornarem elevados, problemas no nervo óptico podem acontecer. Glaucoma é o nome de um grupo de doenças que causam essa condição.
A maioria das pessoas que o tem não possui sintomas ou dores precoces, por isso, é importante se consultar com seu oftalmologista regularmente. Além dos fatores genéticos, o problema também pode ser causado por:
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lesões;
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vasos sanguíneos bloqueados e
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doenças inflamatórias.
Saiba mais glaucoma e tire suas dúvidas sobre essa doença ocular hereditária na nossa live sobre o tema.
2. Catarata
A catarata é caracterizada por áreas nebulosas que se desenvolvem no cristalino, podendo ser uma opacidade parcial ou total. Um cristalino saudável é claro e permite a passagem de luz em direção à retina. Porém, quando se desenvolve catarata, a luz não passa tão facilmente, e o resultado: você não consegue enxergar tão bem e pode notar uma espécie de brilho ou halo em torno de luzes à noite.
Ela geralmente se forma lentamente e não causa sintomas como dor, vermelhidão ou lacrimejamento nos olhos. Alguns casos, a visão não é prejudicada, mas, quando progride, pode causar cegueira.
De acordo com a Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, cerca de 40% de todos os casos de cegueira são causados por essa doença ocular hereditária. Dê play no vídeo abaixo e saiba mais sobre a catarata.
3. Daltonismo
Usualmente, os daltônicos são conhecidos como aqueles que não conseguem diferenciar as cores. Porém, essa informação não é totalmente correta.
O termo correto é discromatopsia e está entre as doenças de visão hereditárias. Ela ocorre pela transmissão de uma lesão no cromossomo X, ou seja, é transmitido pela mãe.
Existem vários tipos de discromatopsias relacionados às três cores básicas: vermelho, verde e azul. O daltonismo clássico está ligado diretamente aos três pigmentos e atinge uma pequena parcela da população, cerca de 0,4% das mulheres e 5% a 8% dos homens.
O daltonismo não tem cura, nem tratamento, contudo, é importante ressaltar que ele não tem nenhuma relação com outras doenças oftalmológicas, além de não evoluir.
4. Retinose pigmentar
A retinose pigmentar é um grupo de problemas oculares que afetam a retina. Essa condição muda a maneira como a retina responde à luz, tornando-a difícil de processar as imagens.
Pessoas com esse distúrbio perdem sua visão lentamente ao longo do tempo, entretanto não se tornam totalmente cegas. Essa perda de visão pode ocorrer das seguintes maneiras:
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cegueira noturna, que nada mais é que a dificuldade de enxergar em locais escuros;
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perda da visão periférica, também conhecida como “visão tubular”, dificuldades de ver objetos abaixo e ao redor;
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perda da visão central, que dificulta a realização de tarefas detalhadas, e
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problemas com a visão de cores, que gera dificuldade para distinguir cores diferentes.
Saiba mais sobre a retinose pigmentar e tire suas dúvidas sobre esse grupo de doenças oculares hereditárias no vídeo abaixo.
5. Miopia
A miopia é um tipo comum de erro de refração em que objetos próximos aparecem claramente, mas os distantes aparecem embaçados. Quando você olha para um objeto, os raios de luz o refletem, passam pela córnea e pelo cristalino, que dobram (ou refratam) a luz e a focalizam na retina.
Em uma visão perfeita, os raios focam diretamente na superfície da retina, mas em um olho míope, o globo ocular é geralmente muito longo e isso faz com que os raios de luz se concentrem em um ponto na frente dela. Essa condição pode ser diagnosticada com exames simples pelo seu oftalmologista e seu tratamento consiste no uso de óculos, lentes de contato ou cirurgia (em alguns casos).
Dê play no vídeo abaixo e saiba mais sobre a miopia:
Vale ressaltar que, apesar das doenças oculares hereditárias dependerem diretamente de questões genéticas, por meio de bons hábitos e acompanhamento médico constante é possível preveni-las ou, ao menos, reduzir a sua seriedade. Cuide bem dos seus olhos, tenha um estilo de vida saudável, com dieta balanceada e exercícios físicos, e faça check-ups periódicos com o seu oftalmologista. Isso é ainda mais importante para aqueles que tem propensão a desenvolver as enfermidades citadas acima.
Dê o primeiro passo para cuidar da sua saúde ocular e agende uma consulta com a RetinaPro. Fique a vontade também para entrar em contato conosco e tirar sua dúvida sobre o tema. Somos uma clínica especializada em doenças da retina e temos oftalmologistas altamente capacitados para atender você.
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Dr. Alexandre Rosa possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA/1996) e doutorado em Oftalmologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP/2005). Especialista em doenças da retina e vítreo (retinólogo) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo. Atualmente, é médico preceptor da residência médica do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza, além de ser professor de Oftalmologia da Universidade Federal do Pará (UFPA).