Você foi diagnosticado com uma retinopatia e quer saber se doenças da retina têm cura? Então, esse conteúdo foi criado especialmente para você. Nele, vamos falar sobre os principais problemas que podem afetar essa estrutura ocular, os seus sintomas e as formas de tratamento.
Vale ressaltar de antemão que muitas enfermidades não têm cura, mas podem ser controladas a partir de medicamentos, procedimentos e acompanhamento oftalmológico. Para isso, o ideal é ter um diagnóstico de forma precoce, evitando complicações, como hemorragia intraocular, descolamento de retina, glaucoma e, em alguns casos, a perda de visão.
Doenças da retina têm cura?
Antes de saber se doenças da retina têm cura, é importante conhecer as principais, seus sintomas e suas causas. Confira:
Retinopatia diabética
A retinopatia diabética é uma complicação da diabetes que ocorre quando os altos níveis de glicose no sangue danificam os vasos sanguíneos da parte posterior do olho, podendo levar ao seu rompimento com liberação de sangue e fluidos.
Esse problema ocorre em quase todos os pacientes diagnosticados com tipo 1 há mais de 20 anos e com 60% com diabete tipo 2, de acordo com os Arquivos Brasileiros de Oftalmologia.
Entre os principais sintomas, podemos citar:
- visão turva;
- mancha na visão e
- perda da visão periférica ou central.
Para saber mais sobre essa doença da retina, dê play no vídeo abaixo e confira nossa live completa sobre o tema:
Há cura?
A retinopatia diabética é uma das doenças da retina que não tem cura. Apesar disso, há diversas opções de tratamento disponíveis, como:
- laser: para reduzir os fluidos acumulados e os vasos sanguíneos anormais;
- medicamentos intraoculares: uso de anti-inflamatórios ou antiangiogênicos para reduzir os neovasos;
- vitrectomia: para casos mais avançados, quando há hemorragia.
Retinopatia hipertensiva
A pressão alta também pode trazer danos para o fundo do olho. A retinopatia hipertensiva é caracterizada pelo estreitamento dos vasos sanguíneos da retina, o espessamento da parede de pequenas artérias e veias, e, em alguns casos, obstrução e rompimento dos vasos.
Nas fases inicias, não há sintomas. Já nos casos mais graves, o paciente pode se queixar de:
- aumento da sensibilidade à luz;
- dores de cabeça e
- deterioração da visão.
Veja nossa live e saiba mais sobre a retinopatia hipertensiva:
Essa doença da retina tem cura?
Também não. O mais recomendado é preveni-lá e controlar a pressão arterial. Para isso, deve-se realizar atividades físicas, ter uma alimentação saudável e, claro, realizar consultas regulares com um médico de confiança.
Descolamento de retina
O descolamento de retina é uma doença que ocorre quando essa estrutura ocular se descola do vítreo, ficando “solta” dentro do globo ocular. Esse problema exige um tratamento urgente, já que pode levar à cegueira.
Para saber mais e ver os sintomas, confira o vídeo abaixo:
Há cura?
Essa doença da retina tem cura, sim. Ao identificar o descolamento de retina, o oftalmologista realiza de forma emergencial um procedimento para “colá-la” novamente. Isso pode ser feito a partir de diferentes técnicas, como:
- retirada do vítreo e substituição por gás ou óleo de silicone;
- colocação de faixas de silicone por fora do olho e
- injeção de gás nos olhos para fechar o buraco existente.
Essas são as enfermidades mais comuns que afetam a retina. Além dessas, ainda há:
- retinopatia miópica: alterações nos vasos sanguíneos por altos graus de miopia. Não é curável, mas pode ser tratada;
- doenças reumáticas: lúpus e artrite podem impactar os olhos. Não há cura, mas com medicamentos é possível controlar o problema na retina;
- tumores: podendo ser malignos ou não. A cura consiste na retirada do tecido em questão;
- infecções: como herpes, toxoplasmose e tuberculose. É possível se curar com o uso de antibióticos.
Se você ainda tem alguma dúvida sobre as doenças da retina e sua cura, entre em contato conosco e agende uma consulta com um especialista. E para mais conteúdos sobre saúde ocular, siga-nos no Facebook, no Instagram, no YouTube e no Spotify.
Dr. Alexandre Rosa possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA/1996) e doutorado em Oftalmologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP/2005). Especialista em doenças da retina e vítreo (retinólogo) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo. Atualmente, é médico preceptor da residência médica do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza, além de ser professor de Oftalmologia da Universidade Federal do Pará (UFPA).