Conheça 6 tipos de lente intraocular e como escolher a melhor

Conheça 6 tipos de lente intraocular e como escolher a melhor

Após optar pela realização da cirurgia de catarata, chega a hora de outra etapa: a de entender mais sobre os tipos de lente intraocular para escolher a melhor para você. Esse momento é realmente muito importante, já que elas vão ajudar você a enxergar melhor.

Essa lente é colocada no lugar do cristalino, a estrutura que se torna opaca durante a catarata. Essa parte é retirada e substituída por uma peça bem pequena, que cabe na ponta do dedo. Mas, diferentemente de óculos, que podem ser trocados, ela é implantada e pode melhorar a capacidade visual de forma definitiva, sem a necessidade de ser trocada.

Por esse motivo, é preciso de muita atenção para escolher o tipo ideal para os seus olhos, considerando seus desejos, suas necessidades e sua situação financeira.

Para ajudar nessa escolha, criamos esse artigo. Nele, você saberá mais sobre os cuidados que precisa ter e os principais tipos de lente intraocular. Continue lendo e confira.

A importância das lentes intraoculares

As lentes intraoculares, também chamadas de LIO, são implantadas em substituição ao cristalino humano, que fica opaco por causa da catarata. Para que a troca de estrutura por um material sintético ocorra da forma que deveria, garantindo a visão do paciente, é preciso realizar diversos cálculos que analisam o trajeto de luz dentro do globo ocular, o que faz com que a lente se adapte perfeitamente ao olho.

Atualmente, há diversos tipos de lente intraocular que permitem a correção de outros problemas de visão, ou seja, além de retirar a estrutura opaca, você também pode corrigir outras doenças, como:

  • miopia;

  • hipermetropia;

  • astigmatismo e

  • presbiopia – a famosa vista cansada.

Em muitos casos, após a recuperação, o paciente não precisa mais utilizar óculos para fazer leituras ou realizar suas tarefas diárias. Em outros, há a redução considerável do grau, o que também traz mais qualidade de vida.

Tipos de lente intraocular: termos técnicos

Os diferentes tipos de lente intraocular podem ser classificados a partir de termos técnicos que falam sobre o tipo de material que ela é feita e o nível de correção de astigmatismo.

Você com certeza encontrará conteúdos falando sobre as lentes tóricas ou não tóricas que representam o grau de correção do problema de vista. Quando se opta pela segunda opção, pode ser necessário utilizar óculos para costurar, ler ou fazer outras atividades que exigem foco próximo do olho.

Além dessa classificação, também é possível separar as opções de acordo com o seu material de composição. Saiba mais sobre cada um dos tipos existentes.

Lentes rígidas

A lente rígida, assim como o nome sugere, não é dobrável. Embora tenha alta qualidade, exige que a abertura realizada nos olhos durante a cirurgia seja aumentada de 3 à 7 mm, dependendo de cada caso. Como essa abertura não é auto-selante, é necessária a realização de uma ou mais suturas no olho para a vedação. Isso induz o astigmatismo, exigindo maior grau de óculos após o procedimento.

Além disso, é importante observar que quanto maior for a abertura realizada no olho, maior será o risco de infecções e mais demorado será o tempo para a recuperação pós-operatória.

Lentes flexíveis ou dobráveis

Essas lentes são desenvolvidas com um tipo de acrílico flexível que permite que elas sejam dobradas e injetadas no olho por meio de um instrumento que se assemelha a uma seringa de ponta fina.

Diferentemente da rígida, esse tipo de lente intraocular pode ser introduzido por uma abertura de 2 a 3 mm na córnea, inicialmente realizada no processo da cirurgia de catarata, não necessitando ampliar essa incisão. Por ser uma abertura de tamanho microscópico, ela é auto-selante, dispensando a necessidade de suturas na córnea. Além disso, ela proporciona uma recuperação pós-cirúrgica mais rápida.

Vale ressaltar que outro ponto que levanta muitas dúvidas entre os pacientes é sobre a escolha de lentes nacionais ou importadas. Saiba mais sobre elas e veja qual é a mais indicada na nossa live.

Tipos de lente intraocular

Agora que você já domina os termos mais técnicos sobre os tipos de lente intraocular podemos falar sobre os modelos mais procurados e utilizados pelos pacientes com catarata.

1. Monofocais não tóricas

As lentes monofocais não tóricas são os modelos mais utilizados apesar de não serem indicadas aos pacientes com astigmatismo. Elas corrigem graus de miopia, astigmatismo e hipermetropia, melhorando o foco apenas para longe. Após a cirurgia, o paciente pode precisar de óculos para perto.

(Dr. Alexandre, favor considerar a seguinte observação ao revisar: não encontramos informações sobre esse tipo de lente, mas o parágrafo acima está com informações controversas. Ela não é indicada para pacientes com astigmatismo, mas corrige astigmatismo. Além disso, diz que ela melhora o foco apenas para longe, mas corrige a hipermetropia)

2. Monofocais tóricas

As lentes monofocais tóricas são consideradas de alta tecnologia, pois corrigem de maneira eficaz os casos de astigmatismo maior que um grau, o que ocorre pela sua curvatura diferenciada. Entretanto, assim como as lentes não tóricas, esse modelo melhora a visão para longe e pode ser necessário o uso de óculos para enxergar de perto.

3. Multifocais

Tóricas ou não, as lentes multifocais são elaboradas com alta tecnologia que corrige ao mesmo tempo a visão de longe, intermediária e de perto, proporcionando uma maior independência visual aos pacientes. Para algumas situações de leitura, ou dependendo da necessidade do paciente, poderá ser necessário o uso de óculos, mas com menor frequência. Esse tipo de lente intraocular é indicado para casos selecionados, seguindo os critérios do oftalmologista.

4. Multifocais acomodativas

As lentes multifocais acomodativas apresentam propriedades diferenciadas que imitam a fisiologia e a anatomia naturais do cristalino, uma vez que permitem movimentos e acomodações de acordo com os estímulos do músculo ciliar. Desse modo, elas conseguem adaptar a visão com focos para longe e para perto.

5. Monofocais esféricas

Considerado o tipo mais simples para ser implantado na cirurgia de catarata, ela consiste em uma lente com óptica normal, que foca os raios de luz em um único ponto, corrigindo apenas a hipermetropia ou a miopia.

Assim, há uma grande probabilidade de ser necessário utilizar óculos de grau após a cirurgia. Isso ocorre porque a lente tem irregularidades em sua periferia, impedindo uma qualidade maior de visão.

6. Monofocais asféricas

Essa lente é confeccionada com alta tecnologia para corrigir a miopia e a hipermetropia, bem como outros problemas oculares de alta complexidade. Trata-se de um material com qualidade diferenciada, que não apresenta irregularidades na periferia. Como consequência, há a melhora do contraste de cores e da visão noturna.

Entretanto, por ter apenas um foco, ainda apresenta uma grande probabilidade de o paciente necessitar de óculos de grau para perto ou longe após a cirurgia.

Saiba mais sobre os diferentes tipos de lente intraocular e tire suas dúvidas sobre cada modelo na nossa live sobre o tema.

Como escolher entre os tipos de lente intraocular?

Em geral, a escolha do tipo de lente intraocular é feita de forma conjunta com o cirurgião. Apenas esse profissional entenderá quais são as necessidades dos pacientes e indicará o modelo mais recomendado para eles. Afinal, um paciente com alto grau de miopia, por exemplo, terá opções diferentes do que aquele que tem um grau baixo de astigmatismo.

Tanto na hora da escolha quanto no momento da cirurgia é indispensável contar com uma clínica oftalmológica de confiança. A RetinaPro oferece um atendimento qualificado, com equipamentos de última geração e uma equipe especializada, sempre pronta a atender as necessidades dos pacientes. Dê play no vídeo abaixo e conheça a nossa clínica.

Se você mora em Belém ou região e deseja saber mais sobre as opções disponíveis para você, entre em contato conosco e converse com um especialista.

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Prof. Dr. Alexandre Rosa

Dr. Alexandre Rosa possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA/1996) e doutorado em Oftalmologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP/2005). Especialista em doenças da retina e vítreo (retinólogo) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo. Atualmente, é médico preceptor da residência médica do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza, além de ser professor de Oftalmologia da Universidade Federal do Pará (UFPA).

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