A retina é uma membrana fina que fica na parte mais ao fundo dos nossos olhos. Assim como todas as estruturas, ela é fundamental para a formação da nossa visão. Por isso, precisamos ficar atentos a um problema que pode acometê-la e reconhecer os sintomas de descolamento de retina.
Afinal, estamos falando de uma situação que requer atendimento oftalmológico urgente, uma vez que, se não controlada adequadamente, pode causar danos irreversíveis. Pela grande importância desse assunto, nós preparamos este material para mostrar, principalmente, quando ficar alerta acerca dos sintomas de descolamento da retina. Então, acompanhe a leitura!
Como a retina funciona?
Antes de tudo, é interessante entender como essa parte do nosso globo ocular funciona. Portanto, saiba que a retina é uma membrana cheia de células fotorreceptoras, ou seja, que atuam na recepção de ondas de luz.
Em seguida, essas fontes luminosas são enviadas ao cérebro, por meio do nervo óptico. Dessa maneira, a nossa visão é formada.
Vale ressaltar ainda que o olho possui um gel chamado de vítreo, que fica aderido à retina. Quando essa substância se desgruda da membrana, temos uma situação chamada de “descolamento de vítreo”. Já se a aderência é tão grande, há o perigo de rotura retiniana, que funciona como um rasgo da estrutura.
Quais são as causas de descolamento na retina?
Além desses aspectos que envolvem o vítreo, afetando diretamente a retina, também precisamos ficar atentos às seguintes condições:
- afinamento da retina, uma situação chamada de “lattice”;
- alto grau de miopia, geralmente, acima de 6;
- traumas nos globos oculares;
- cirurgias prévias nos olhos;
- lacerações na retina;
- histórico familiar de descolamento da retina.
Todas essas situações são indícios de maiores riscos para o descolamento que, nada mais é, do que a saída da retina do lugar certo dela, ou seja, da parede do fundo do olho.
Os tipos de descolamento da retina
Esse problema ocular pode se apresentar de três formas, que são:
- regmatogênico: a retina sofre uma lesão e o vítreo entra na parte acima dessa membrana;
- tracional: é a causa mais comum, geralmente, tem início pela formação de novos vasos sanguíneos por meio da doença de retinopatia diabética. Assim, essas estruturas promovem o descolamento da retina.
- exsudativo ou seroso: a retina sai do seu lugar de origem em razão do acúmulo de líquidos, que podem existir pelo aparecimento de um tumor ou processo inflamatório.
Quais são os sintomas de descolamento de retina?
Os principais sintomas de descolamento de retina envolvem:
- perda ou piora da visão: o paciente pode perceber “pontos cegos” na parte periférica ou central;
- visão de flashes ou faíscas de luz: isso é mais frequente ao movimentar a cabeça e fica bem visível em locais escuros;
- aumento das chamadas “moscas volantes”: aqueles pontos pretos que surgem na visão.
Todavia, nem sempre esses sintomas aparecem de maneira abrupta e forte. Em algumas pessoas, os sintomas surgem de forma gradual.
Por isso., é fundamental manter as consultas periódicas com o médico oftalmologista e também procurá-lo mesmo em caso de uma piora pequena da visão. Na RetinaPro, em Belém, temos uma equipe pronta para atender.
Leia também o nosso e-book: Descolamento de retina – o guia definitivo
Como é o tratamento do descolamento de retina?
Após conhecer os sintomas de descolamento de retina, saiba que temos uma boa notícia: é possível tratar o problema. Como mencionamos no início deste material, estamos falando de urgência médica e que o tratamento envolve um procedimento cirúrgico.
O recomendado é não esperar mais do que uma semana do início dos sinais de alerta para realizar a operação. Existem três técnicas que o oftalmologista pode optar:
- retinopexia pneumática: aplicação de um gás e um laser para expandir o olho e levar a retina de volta para o lugar correto;
- retinopexia com introflexão escleral: esse nome complicado significa a aplicação de uma “faixa” de silicone ao redor do olho, a fim de reaproximar as paredes do globo ocular e “recolar” a retina;
- vitrectomia: são feitas pequenas inserções na parte branca do olho, por meio de uma cirurgia videolaparoscópica. Em seguida, podem ser injetados gás ou silicone para empurrar a retina até o fundo do olho.
A recuperação envolve um repouso de cerca de 15 dias. Os médicos também recomendam ficar deitado com a cabeça para baixo o máximo de tempo possível, além de utilizar os curativos necessários.
Fique atento(a)!
Infelizmente, o problema, quando não tratado, pode levar à perda da visão. Portanto, ao perceber os sintomas de descolamento de retina, é fundamental buscar ajuda oftalmológica quanto antes.
Então, caso tenha restado alguma dúvida sobre esse assunto, venha conversar com os nossos especialistas. Conhecer mais sobre essa situação irá ajudar a preveni-la ou tratá-la rapidamente.
Dr. Alexandre Rosa possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA/1996) e doutorado em Oftalmologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP/2005). Especialista em doenças da retina e vítreo (retinólogo) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo. Atualmente, é médico preceptor da residência médica do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza, além de ser professor de Oftalmologia da Universidade Federal do Pará (UFPA).