A diplopia, também chamada de visão dupla, é um problema que modifica a forma que as pessoas enxergam. Ao invés de verem apenas uma imagem de forma clara e nítida, os pacientes veem duas ou mais imagens de um mesmo objeto, o que interfere diretamente na qualidade de vida e dificulta a realização de tarefas diárias, desde as mais simples como a leitura.
Ela pode ocorrer em apenas um ou nos dois olhos, caracterizando a diplopia monocular ou binocular. A primeira acontece quando apenas um dos olhos está aberto e a segunda quando os dois estão abertos, desaparecendo quando um deles é fechado. Esse problema pode ter diferentes causas e, por isso, pode ser tratado com diversas abordagens.
Você, ou alguém que conhece, está sofrendo com a visão dupla e/ou distorcida? Então continue lendo o nosso artigo e saiba mais sobre as possíveis causas e tratamentos para essa condição.
O que é diplopia?
Como já falado, a diplopia é uma condição caracterizada pela duplicação das imagens que são vistas. Para entender o que ocorre de forma mais técnica, é preciso compreender como funciona a visão. Basicamente, quando a luz entra pela córnea, ela é direcionada para a parte do fundo do olho, chamada de retina.
Se o olho está saudável, esse processo ocorre normalmente e a pessoa enxerga o que está na sua frente. No caso da visão dupla, a transmissão da luz para a retina não acontece como deveria. Como consequência, há a formação de mais de uma imagem, fazendo com que a pessoa veja os objetos de forma repetida.
Esse problema pode ocorrer de três formas:
- vertical: as imagens aparecem duplicadas para cima ou para baixo;
- horizontal: as imagens aparecem duplicadas para os lados e
- oblíqua: também chamada de cruzada. Há uma mistura entre a vertical e horizontal.
O que causa a diplopia?
A diplopia pode ser causada por diversas doenças oculares. Entre as mais comuns, podemos citar:
Catarata
É uma causa comum de visão dupla, uma vez que essa patologia afeta muitas pessoas. A Organização Mundial da Saúde prevê que a cada ano haja mais de 550 mil novos casos dessa doença.
Esse problema ocorre quando a lente mais externa do olho começa a se tornar opaca, o que modifica a forma que a luz entra e chega até a retina.
Distúrbios na córnea
Outro possível desencadeador da diplopia são doenças caracterizadas pela mudança no formato da córnea, como o ceratocone, que faz com que o olho tenha uma saliência na parte frontal, prejudicando a transmissão da luz.
Acometimentos na visão
Problemas de visão causados por erros de refração da luz, como é o caso do astigmatismo e de alguns tipos de estrabismo, também podem ocasionar a visão dupla. Normalmente, isso ocorre de forma monocular.
Paralisia do par craniano
Os pares cranianos são nervos relacionados aos sentidos, como visão, olfato e locomoção. Quando a paralisia acomete o III, IV ou V par craniano, prejudica a motilidade ocular, ou seja, o movimento do olho.
Como consequência, há um desalinhamento entre os dois olhos, o que gera a duplicidade das imagens.
Miastenia grave
A miastenia grave é uma doença que sucede quando há uma falha de comunicação entre os nervos e os músculos, causando a inclinação dos tecidos. Entre seus sintomas está a visão dupla.
Vale ressaltar que essas são apenas algumas das doenças que provocam esse problema, mas existem muitas outras. Há, ainda, quem vivencie essa anormalidade na visão após sofrer uma pancada na cabeça, por exemplo.
Como é feito o tratamento dessa condição?
O tratamento da diplopia não ocorre da mesma forma para todos os pacientes, já que as causas podem variar. O que é recomendado para quem tem catarata, por exemplo, não é indicado para quem sofre de miastenia grave.
Por isso, quem tem esse problema deve procurar um oftalmologista para fazer a análise completa dos olhos e iniciar a terapia mais recomendada para o caso. Em geral, isso pode envolver:
- procedimentos cirúrgicos;
- uso de lentes corretoras e
- medicamentos.
Ou seja, existem muitas opções e apenas um médico especializado poderá recomendar a mais indicada para você. É importante frisar que, apesar de a diplopia ser um problema ocular, muitas vezes o seu tratamento exige uma abordagem multidisciplinar. Se a causa é a miastenia grave, por exemplo, é preciso ter um acompanhamento com um neurologista também.
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Dr. Alexandre Rosa possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA/1996) e doutorado em Oftalmologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP/2005). Especialista em doenças da retina e vítreo (retinólogo) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo. Atualmente, é médico preceptor da residência médica do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza, além de ser professor de Oftalmologia da Universidade Federal do Pará (UFPA).