Edema cistoide de mácula: saiba mais sobre essa doença!

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Edema cistoide de mácula é uma doença ocular que ocorre em parte da retina. A mácula é a porção central da retina responsável pela visão dos detalhes.

Existem vários tipos de edemas de mácula, cada um com as suas próprias causas. Nesse sentido, o edema macular cistoide se diferencia dos demais por ter uma origem bem característica.

É importante ressaltar que se trata de uma doença que pode ser tratada e que apresenta cura, algumas vezes, espontânea. Continue neste post e veja tudo o que você precisa saber sobre essa doença!

O que é o edema de mácula?

A retina é uma da membrana que recobre a região posterior do olho, sendo responsável pela formação das imagens. A região central da retina é denominada mácula, responsável pela percepção dos detalhes, como, por exemplo, a leitura.

A mácula possui uma quantidade maior de fotorreceptores do tipo cones, este tipo de células são especializadas em detecção de contraste, detalhes e visão de cores.

Quando, por alguma razão, há um acúmulo de líquidos nessa região, forma-se um edema (inchaço). Assim, os edemas maculares ocorrem devido o acúmulo de líquido que podem ter sido extravasados dos próprios vasos que a irrigam a retina.

No caso de pessoas com diabetes, por exemplo, o excesso prolongado de açúcar no sangue provoca um dano nos vasos da retina, causando um vazamento do líquido intravascular para os tecidos da mácula e formando o edema macular diabético.

O edema de mácula pode provocar uma redução na capacidade visual. Se não for tratado, pode deixar sequelas muito sérias, até mesmo a perda da visão central.

No entanto, existe tratamento para a doença.

Como é o edema macular cistoide?

O edema macular cistoide (EMC) pode ocorrer após qualquer intervenção cirúrgica no olho. Como a cirurgia de catarata é um dos procedimentos mais realizados em oftalmologia, observamos um maior número de casos após cirurgia de catarata. Atualmente, o EMC é a principal causa de baixa acuidade visual logo após a cirurgia.

Por sua vez, algumas doenças vasculares da retina e o diabetes, como visto antes, assim como a utilização de determinados medicamentos podem provocar o EMC. Mesmo em cirurgias não complicadas, o edema pode ocorrer.

Nesse sentido, não se trata propriamente de uma doença primária da retina, mas de uma manifestação secundária a um evento ocular anterior ou pré-existente.

No caso da catarata, o próprio trauma da cirurgia provoca a liberação de substâncias inflamatórias como uma reação de proteção do organismo. Como resultado, ocorre uma dilatação dos capilares que irrigam a mácula. Como as paredes dos vasos ficam mais permeáveis, observa-se o consequente extravasamento de líquido que se acumula nos tecidos da mácula.

Quais os principais sinais do EMC?

Em média, entre 4 e 6 semanas após a cirurgia de catarata surgem as manifestações clínicas do edema. Existem casos onde o paciente desenvolve o edema macular cistoide, mas não apresenta queixas ou redução da visão, chamamos de edema subclínico. Tais casos costumam melhorar espontaneamente.

No entanto, o sintoma mais comumente observado é a diminuição da acuidade visual central devido o inchaço da mácula. Além disso, também pode se queixar dos seguintes distúrbios:

  • distorção da visão (metamorfopsia);
  • perda da visão no ponto central da imagem (escotoma central);
  • visualização dos objetos em tamanho reduzido (micropsia);
  • alteração na visão das cores.

O diagnóstico mais preciso do EMC pode ser feito por meio de exames como a angiofluoresceinografia e a tomografia de coerência óptica (OCT).

A angiofluoresceinografia vai mostrar o vazamento do corante na região da mácula e do nervo. Isso ocorre, pois os capilares são afetados pelo processo inflamatório tornando-se mais permeáveis ao contraste.

Já na OCT, iremos observar o acúmulo de líquido na região da mácula, além do aumento da espessura secundariamente. Em todo caso, uma boa avaliação antes da cirurgia é de bastante valia e auxilia no diagnóstico posterior.

Como é o tratamento?

Para auxiliar o tratamento, o diagnóstico deve ser feito o mais cedo possível, sobretudo em pessoas dos grupos de risco, assim como para o pós-operatório, nos casos de catarata.

Inicialmente, pacientes com fatores de risco devem receber profilaxia, isto é, cuidados antes da cirurgia para reduzir a possibilidade de surgimento do EMC. Estão nesse grupo pessoas com diabetes, quadros anteriores de uveíte (inflamação intraocular), algumas doenças cardiovasculares, entre outras.

O tratamento do EMC tem o objetivo de reduzir o processo inflamatório. Alguns casos se resolvem espontaneamente, sem qualquer abordagem medicamentosa.

No entanto, não há como diferenciar se o caso se resolverá por si ou não, de modo que o tratamento deve ser iniciado. Em geral o tratamento é feito com o uso de colírios anti-inflamatórios, sejam esteroidais (corticoides) ou não esteroidais. Essas drogas são capazes de reduzir a gravidade e a duração do edema.

Com o tratamento, observa-se uma diminuição da espessura do edema (diminuição do inchaço), assim como uma melhora na  visão do paciente. Nesse sentido, o tratamento costuma se prolongar, no mínimo por 4 semanas, mas se estendendo, às vezes, por alguns meses.

Entretanto, existem casos resistentes ao tratamento com colírios ou ainda onde o edema já existe por longo período (casos crônicos). Nesses casos, podem ser necessárias injeções intraoculares  de medicamentos, os quais têm apresentado resultados positivos. Nos raros casos, onde não há melhora com medicamentos (sejam colírios ou injeções) pode-se optar pela cirurgia de vitrectomia.

Agora, você já conhece o edema macular cistoide, ocorrência comum nos pacientes que se submeteram à cirurgia de catarata.

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