Durante a consulta oftalmológica de rotina, podem ser detectados sinais de que algo não vai bem com a visão. Com isso, o médico poderá pedir alguns exames complementares, como a retinografia.
Como o próprio nome já indica, esse procedimento analisa a retina e, junto com o médico oftalmologista retinólogo (especialista nesta área do olho), o paciente passará por uma avaliação completa, a fim de obter o diagnóstico mais assertivo e, consequentemente, começar o tratamento.
Então, caso você tenha recebido um pedido de retinografia, não deixe de ler este material! Vamos explicar tudo sobre o exame.
O que é a retina?
Primeiramente, é importante entender o que é a retina. Trata-se de um tecido bem fino que fica no fundo de nossos olhos. Ele é formado por milhões de células fotorreceptoras.
As funções delas são captar as ondas luminosas e encaminhá-las ao cérebro, por meio do nervo óptico. Assim, são formadas as imagens e a visão.
Os tipos de retinografia
Por ser uma parte tão sensível e importante, a retina está sujeita a alguns danos. Por isso, o exame de retinografia auxilia muito os oftalmologistas a verificarem essa estrutura e, a partir disso, perceber o que está errado. Confira dois tipos desse procedimento.
Retinografia simples
A retinografia simples ou colorida é um exame de imagem da retina, realizado por meio do aparelho retinógrafo. Ele é indolor e dura apenas alguns minutos, basta a pessoa se sentar em frente ao aparelho e o técnico faz a captação das imagens.
O procedimento consiste na observação e registro de fotografias da retina, do nervo óptico e do fundo do olho. Ele permite a obtenção de imagens em alta resolução, oferecendo uma documentação fotográfica, que poderá ser usada posteriormente para comparação e análise da evolução de doenças oculares.
Contudo, é necessária a dilatação da pupila antes do exame e, por isso, o paciente deve estar acompanhado quando for realizá-lo. Quem usa lentes de contato também deverá retirá-las.
Além do diagnóstico e acompanhamento de algumas enfermidades oculares (veja mais em seguida), a retinografia é importante ainda para verificar a saúde de pessoas com comorbidades que aumentam o risco de lesão a essa parte do olho. Estamos falando, por exemplo, de pacientes com diabetes e hipertensão, que precisam de cuidados especiais no oftalmologista, mesmo que não apresentem nenhum sintoma.
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Retinografia panorâmica
A retinografia não ficou para trás entre as evoluções da medicina. Atualmente, existem aparelhos mais modernos disponíveis, com recursos que possibilitam a captação de imagens panorâmicas.
Dessa forma, com a retinografia panorâmica, é possível ter uma visão mais ampla da retina, por meio de filtros especiais, permitindo encontrar patologias em um maior campo do globo ocular.
Isso também permite verificar alterações precoces, que podem surgir no início de doenças oculares e nem sempre são captadas pela forma simples do exame.
Vale ressaltar ainda que a retinografia simples e a panorâmica podem ser associadas a outros exames complementares, como a angiofluoresceinografia ou a tomografia de coerência óptica (OCT) para a definição mais precisa do diagnóstico. Na RetinaPro, você pode realizar todos esses exames com comodidade, segurança e qualidade.
As principais doenças que afetam a retina
Diferentes condições de saúde podem afetar a retina e o nervo óptico. Quando não são tratadas precocemente e de maneira correta, essas doenças podem acarretar em sequelas graves na visão ou até mesmo na perda dela. Confira quais são os principais problemas:
Retinopatia diabética
A retinopatia diabética é uma sequela da diabetes nos olhos. Ela afeta os pequenos vasos sanguíneos da retina. De início, gera pontos pretos na visão, mas há ainda o risco de rompimento dessas veias. Quando não acompanhada e controlada, a doença pode levar à cegueira.
Todavia, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) revelou um dado preocupante: 54% das pessoas diabéticas não conhecem os perigos da retinopatia diabética e isso mostra que nem sempre realizam os check-ups oftalmológicos necessários.
Retinopatia hipertensiva
Assim como na forma diabética, a retinopatia hipertensiva também afeta os vasos sanguíneos da retina, mas o problema se origina com a pressão arterial descontrolada do paciente.
Há a possibilidade de estreitamento das veias, espessamento das paredes, obstruções no fluxo de sangue e até criação de novos microvasos. Tudo isso impacta na formação das imagens e na visão.
Descolamento de retina
Quando a retina se separa do fundo do olho (local onde deve ficar), temos o descolamento. É um problema grave, mas que pode ser solucionado por meio de cirurgia. O procedimento deve ser feito quanto antes.
Glaucoma
Em razão do aumento da pressão intraocular, o glaucoma causa lesões no nervo óptico (o caminho que a retina utiliza para levar as ondas de luz ao cérebro).
Essa doença, quando não tratada adequadamente, pode levar à perda de visão. Ela é mais comum em pessoas acima de 40 anos, diabéticas e que sofreram traumas oculares.
A retinografia é a sua aliada para proteger a retina!
Conhecer todas essas enfermidades pode assustar, mas lembre-se que os médicos oftalmologistas irão ajudar a manter a saúde dos seus olhos. Além disso, com a retinografia, é possível identificar os problemas a tempo, para já iniciar as condutas adequadas.
Portanto, não deixe os cuidados para depois. Marque uma consulta com os nossos especialistas.
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Dr. Alexandre Rosa possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA/1996) e doutorado em Oftalmologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP/2005). Especialista em doenças da retina e vítreo (retinólogo) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo. Atualmente, é médico preceptor da residência médica do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza, além de ser professor de Oftalmologia da Universidade Federal do Pará (UFPA).