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Estrabismo em crianças pode ser sintoma da retinosquise juvenil

Estrabismo em crianças pode ser sintoma da retinosquise juvenil

O estrabismo em crianças sempre é um motivo de preocupação entre os pais, uma vez que essa condição tem grandes impactos sociais, psicológicos e pode até mesmo ocasionar na perda de visão.

Esse problema afeta cerca de 3% das pessoas durante os seus primeiros anos de vida. Dessas, 50% sofrem de algum problema de vista devido à redução da acuidade visual causada durante o desenvolvimento desse sentido, segundo o Manual MSD.

O que muitos pais não sabem é que o estrabismo em crianças pode estar relacionado com a retinosquise juvenil, uma doença rara que causa a degeneração da retina. Por esse motivo, é de extrema importância fazer o acompanhamento oftalmológico quando se nota qualquer tipo de desvio nos olhos dos filhos.

Continue lendo esse artigo e saiba mais sobre a relação entre esses problemas oculares.

O que é retinosquise juvenil?

Em termos gerais, a retinosquise juvenil é uma doença relativamente rara que degrada a retina. Isto é: a parte interna do olho fica afetada e a visão vai piorando com o passar do tempo, o que é percebido durante a infância ou adolescência.

Esse problema ocorre majoritariamente em pessoas do sexo masculino, uma vez que é causada por um defeito genético no cromossomo X que é passado de pai para filho. Como as mulheres possuem dois cromossomos X, normalmente há uma “versão saudável” que não conta com o problema e faz com que a pessoa não manifeste a enfermidade.

Já nos homens, como há genes X e Y, quando o primeiro está defeituoso há o aparecimento da alteração. Saiba mais sobre doenças hereditárias que afetam os olhos na nossa live completa sobre o tema. Basta dar play no vídeo abaixo.

Quais são os principais sintomas?

Como falado, o estrabismo em crianças está diretamente ligado com a retinosquise juvenil, sendo o principal sintoma notado pelos pais. Mas também há pacientes que relatam:

  • hipermetropia, ou seja, dificuldade para enxergar de perto;
  • perda da visão periférica e
  • hemorragia no olho.

Esse último sintoma é causado por danos aos vasos sanguíneos. Caso você note esses sinais em um parente, amigo ou filho durante a infância, procure de forma urgente um oftalmologista. O especialista irá realizar os exames necessários para chegar ao diagnóstico e iniciar o tratamento quanto antes.

Exames indicados para crianças com estrabismo

A retinosquise juvenil é rara, mas, mesmo assim, exige atenção. Por esse motivo, os oftalmologistas indicam alguns exames quando há estrabismo em crianças, como:

  • tomografia de alta definição (OCT): exame que cria imagem 3D das estruturas oculares;
  • ecografia ocular: também chamado de ultrassom, esse procedimento permite a avaliação dos tecidos dos olhos;
  • angiofluoresceinografia: avalia os vasos sanguíneos da parte posterior do globo ocular e
  • autofluorescência panorâmica: analisa uma parte da retina, chamada epitélio pigmentado.

Saiba mais sobre esses exames e a sua forma de realização na live com nossos especialistas em retina.

Como é o tratamento para estrabismo em crianças?

Como já falamos, essa patologia é rara e pesquisas estão sendo feitas para descobrir a alteração no gene X, a fim de realizar a prevenção. Mas para casos em que a investigação do estrabismo em crianças levou ao diagnóstico de retinosquise juvenil, pode-se optar por alguns tipos de tratamento, como:

Dê play no vídeo abaixo para entender como é feita a vitrectomia e as suas indicações.

Vale ressaltar que apenas um profissional qualificado poderá avaliar o caso para identificar qual é o tratamento mais indicado, considerando a idade do paciente, os seus sintomas e as possíveis consequências da doença para a visão.

Como acontece na prática?

Para você entender melhor a retinosquise juvenil, trouxemos um exemplo. Confira: Maurício Avelar (nome fictício), com 28 anos, procurou o setor de urgência do hospital de olhos após ter sido encaminhado pelo serviço de saúde básica de uma cidade no interior.

Ele relatou sofrer de uma diminuição gradativa da percepção visual nos últimos 8 anos. Maurício negou presença de outros sintomas, como dor, febre ou secreção e informou ter estrabismo desde criança.

Ele foi submetido a diversos exames como mapeamento de retina, angiofluoresceinografia panorâmica e tomografia de alta definição (OCT). O resultado dos exames confirmou a retinosquise juvenil e demonstrou alteração na retina. A partir dos exames, também foi possível descartar outras doenças oculares que possuem sintomas similares.

O tratamento sugerido foi uma pequena cirurgia para que a retina não se desgrudasse totalmente. Na sequência, Maurício passou a fazer acompanhamento periódico com o oftalmologista para evitar a perda total da visão.

É importante entender que cada caso é único e deve ser tratado como tal. Por isso, é fundamental procurar clínicas que sejam referência no tratamento de patologias oftalmológicas quando for se consultar.

Além disso, também é importante ficar atento ao estrabismo em crianças. Faça consultas regulares com um especialista e realize todos os exames recomendados.

Agora que você já sabe mais sobre a relação desses dois problemas oculares, não deixe de nos seguir no Instagram e no Facebook para saber mais sobre a saúde dos olhos.

E caso você more em Belém e esteja com os sintomas citados acima, entre em contato conosco para agendar uma consulta e tirar suas dúvidas com um especialista em doenças da retina.

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