Conheça 4 tipos de conjuntivite e saiba como tratar o problema

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A conjuntivite é uma condição caracterizada pela inflamação da conjuntiva, uma membrana fina e transparente que reveste a parte branca dos olhos e a parte interna da pálpebra. Apesar de poucas pessoas saberem disso, existem diferentes tipos de conjuntivite, provocados por diferentes causas, como micro-organismos ou reação alérgica.

Essa doença é mais comum em pessoas que trabalham ou ficam em ambientes com aglomerações e, normalmente, ocorre a partir do toque dos olhos com a mão contaminada. Além disso, existem pacientes que são mais propensos a ela, como aqueles com doenças autoimunes ou com problemas de imunidade.

Conhecer quais os tipos de conjuntivite, seus sintomas e tempo de transmissão é essencial para você poder prevenir, acompanhar e tratar essa condição que traz diversos incômodos para o paciente. Continue lendo esse artigo e saiba mais.

Quais são os tipos de conjuntivite?

Na maioria dos casos, apenas o médico consegue diferenciar a doença. Por isso, para curar a conjuntivite, deve-se procurar um especialista para verificar qual é a causa e fazer o tratamento correto. O uso de um medicamento ou colírio que não é indicado para o seu caso pode trazer diversas consequências para a saúde do seu olho.

Viral

Esse tipo de conjuntivite é causado pelo vírus adenovírus e a sua contaminação ocorre por meio do contato com secreções oculares, tosse e espirro da pessoa infectada. Em geral, provoca sintomas, como:

Embora ela tenha uma tendência a desaparecer sem tratamento, o oftalmologista pode indicar colírio hidratante (lágrima artificial) e procedimentos para aliviar os sintomas e acelerar o processo de recuperação, como compressas geladas sobre o local e higienização várias vezes ao dia. Para os casos mais persistentes, podem ser indicados medicamentos corticoides.

É comum ocorrer esse tipo de conjuntivite em bebês, especialmente naqueles que frequentam creches. Independente da idade, é essencial buscar um médico para analisar o caso e ficar isolado, uma vez que o tempo de transmissão chega até 15 dias após o contágio.

Bacteriana

A conjuntivite bacteriana é uma infecção dos olhos causada por bactérias, como Clamydia Trachomatis, Staphylococcus, Streptococcus e Neisseria, e precisa ser investigada com urgência para evitar complicações que podem atingir a córnea.

Ela pode ser provocada pelo contato direto com pessoas contaminadas e pelo uso excessivo ou higienização inadequada de lentes de contato. Os principais sintomas incluem:

  • coceira e dor nos olhos;

  • excesso de produção de lágrimas;

  • hipersensibilidade à luz;

  • ligeiro inchaço ao redor dos olhos (em alguns casos);

  • pálpebras grudadas ao acordar;

  • secreção amarelada e espessa;

  • sensação de areia nos olhos e

  • vermelhidão em um ou ambos os olhos.

Seu tratamento exige o uso de antibióticos em forma de colírio ou pomada indicada pelo oftalmologista, bem como aplicação de compressas e uma correta higienização para eliminar as secreções.

Para evitar o contágio de outras pessoas, é preciso ficar atento ao tempo de transmissão, que também pode durar 15 dias. Nesse período, tenha alguns cuidados, como:

  • faça a troca a e lavagem diária e separada das roupas de cama e banho;

  • evite contato próximo com outras pessoas e

  • não coce os olhos e toque em superfícies ou objetos compartilhados.

A conjuntivite bacteriana também é comum entre os bebês, por isso recomendamos ficar atento aos sintomas.

Alérgica

Esse é o tipo mais comum de conjuntivite e geralmente afeta ambos os olhos. Ela é causada por substâncias que provocam alergia, como o pólen, pelos de animais ou ácaros que se acumulam na poeira domiciliar, mas também pode ocorrer como reação à maquiagem ou outros cosméticos. As pessoas mais propícias são as que apresentam alergias, como asma, rinite ou bronquite.

Além disso, a conjuntivite alérgica pode se manifestar de outras formas, como:

  • Ceratoconjuntivite atópica: associada à dermatite atópica.

  • Conjuntivite papilar gigante: pode ocorrer devido ao uso de lentes de contato.

  • Conjuntivite primaveril: inicia-se na infância e pode se estender até os 15 anos.

Os principais sintomas incluem vermelhidão nos olhos, coceira, inchaço, sensação de areia nos olhos, hipersensibilidade à luz e aumento de secreção, com lacrimejamento constante e pálpebras grudadas ao acordar.

A conjuntivite alérgica não é transmissível e seu tratamento é feito através de colírio antialérgico e afastamento dos elementos alérgenos.

Tóxica

A conjuntivite tóxica é rara, porém muito perigosa. Em geral, ela ocorre quando há contato direto dos olhos com alguma substância química, como:

  • xampus;

  • tintas de cabelo;

  • exposição à fumaça do cigarro;

  • produtos de limpeza;

  • inseticidas;

  • venenos agrícolas e

  • alguns tipos de medicamentos.

Os sintomas como lacrimejamento ou vermelhidão costumam desaparecer de um dia para o outro apenas com a limpeza com soro fisiológico e enxágue abundante. Mas quando esses cuidados não são observados, pode ocorrer alterações na visão.

Lembre-se que para curar a conjuntivite é indispensável procurar um médico para avaliar o seu caso. Mesmo que os seus sintomas não estejam atrapalhando a sua rotina, é preciso ir a um especialista para identificar a causa e iniciar o tratamento, caso seja necessário.

Esse cuidado é ainda mais importante nos casos de conjuntivite em bebês, uma vez que essa inflação pode ter complicações.

Saiba mais sobre os possíveis problemas que essa doença pode trazer para a saúde no vídeo abaixo. Nele, a Dra. Thais Mendes fala mais sobre os tipos de conjuntivite, seus sintomas e mais.

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É importante lembrar que a conjuntivite pode ser prevenida com bons hábitos. Por isso, faça a higienização das suas mãos antes de tocar nos olhos, evite usar lentes de contato por longos períodos, limpe as lentes oculares e faça consultas ao oftalmologista ao notar qualquer sinal de incômodo na visão.

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Prof. Dr. Alexandre Rosa

Dr. Alexandre Rosa possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA/1996) e doutorado em Oftalmologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP/2005). Especialista em doenças da retina e vítreo (retinólogo) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo. Atualmente, é médico preceptor da residência médica do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza, além de ser professor de Oftalmologia da Universidade Federal do Pará (UFPA).

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