Retina: afinal, o que é essa parte do olho?
A nossa visão é um dos sentidos mais importantes e, sem a retina, ela não seria possível. A retina fica no fundo do globo ocular onde a imagem de tudo o que vemos é formada.
Provavelmente, você já ouviu falar, em algum momento, sobre a retina. Mas será que sabe realmente como é o seu funcionamento, qual é a sua importância e quais os cuidados deve ter com ela?
A estrutura do olho humano é dotada de uma complexidade tão admirável que chegou a inspirar uma das grandes invenções da humanidade: a máquina fotográfica. E a função da retina nessa estrutura é de suma importãncia.
Ficou interessado? Listamos, abaixo, algumas das informações mais relevantes sobre o assunto. Continue a leitura!
O que é a retina? E como funciona?
A luz, ao entrar no olho, é convergida para um tecido nervoso localizado no fundo do mesmo.
Seu funcionamento é bem parecido com o de uma câmera fotográfica, que capta a imagem no filme através da incidência da luz pela lente.
A luz entra pela pupila, passa pelo cristalino e segue em direção à retina. Quando a imagem chega nela, está menor e de cabeça para baixo.
Quem corrige a posição da imagem é o cérebro, deixando o objeto do tamanho real e colocando em sua posição normal.
A retina é a camada mais interna do olho e é composta por 10 camadas celulares. É na retina que a informação luminosa se transforma em sinal elétrico para ser interpretado pelo cérebro.
Para que seja percebida uma imagem, é necessário transformar a informação luminosa em sinal elétrico para que o cérebro possa interpretar esta informação e criar uma representação perceptual dela.
As células que transformam a informação luminosa em informação elétrica são chamadas de fotorreceptores.
Há dois tipos de fotorreceptores, os cones e os bastonetes, cujas principais diferenças funcionais ocorre no nível de luminosidade com que ambos funcionam.
Em ambientes mais iluminados, apenas os fotorreceptores cones funcionam e em ambientes com baixa iluminação, apenas os fotorreceptores bastonetes encontram-se em atividade.
Uma vez que a informação elétrica é gerada nessas células nervosas, a informação é passada de neurônio em neurônio até chegar à camada de células ganglionares que formam o nervo óptico, estrutura que leva a informação do olho para outras regiões do sistema nervoso.
Quais as camadas da retina?
A retina possui cerca de 126 milhões de receptores (fotorreceptores) e o nervo óptico mais de um milhão de fibras nervosas.
Além de ajudar na formação das cores e formas, essas células permitem que as informações sejam enviadas ao cérebro com grande rapidez.
A retina de humanos apresenta uma região central com uma grande quantidade de fotorreceptores cones e poucos fotorreceptores bastonetes. Essa região é chamada de mácula e é onde a imagem formada é percebida com maiores detalhes espaciais e em cores.


Corte histológico de uma retina humana vista ao microscópio.
Na periferia da retina, há uma maior quantidade de fotorreceptores bastonetes que de fotorreceptores cones. A imagem que cai sobre a periferia da retina é percebida com pouca resolução e com pouca definição de cores. No entanto, nesta região da retina, as células são mais sensíveis ao movimento e se percebe com maior facilidade objetos em movimento.
Há uma região da retina que não apresenta fotorreceptores. Este local é chamado de papila óptica, a qual representa a reunião de todas as fibras neuronais do nervo óptico. Neste local somos totalmente cegos. Não percebemos a região cega porque a região cega de um olho sobrepõe com regiões não cegas no outro olho, e o cérebro, ao interpretar a informação de ambos os olhos, junta as imagens. Mesmo com apenas um olho aberto, é muito difícil de perceber devido o cérebro preencher perceptualmente a falta de informação desta região.
A retina possui duas estruturas importantes:
(1) o nervo óptico, que a conecta ao cérebro, e a
(2) mácula que é a região central, responsável pela visão de detalhes e de leitura.


Ilustração representativa de uma retina normal.
Quais doenças podem acometê-la e como preveni-las?
Da mesma maneira que outras partes de nosso corpo, a retina pode ser acometida por diversas doenças. Dentre elas, podemos destacar:
- retinopatia diabética;
- DMRI (degeneração macular relacionada à idade);
- retinopatia hipertensiva;
- oclusões vasculares;
- degeneração miópica;
- infecções e tumores;
- descolamento de retina.
Dentre os transtornos que afetam a visão, o descolamento de retina talvez seja um dos mais graves. Em geral, começa no momento em que o humor vítreo (gel consistente que fica dentro do olho) contrai e se separa da retina. esta mais frequentemente associado ao envelhecimento. No entanto, outros fatores podem favorecer o aparecimento, por exemplo, traumatismo, predisposição genética, mas também pode ocorrer de forma espontânea.
Exames de rotina são altamente necessários, pois reduzem o risco de problemas mais sérios. É possível atuar de modo preventivo, ou mesmo iniciar rapidamente o tratamento. Esse simples ato aumenta (e muito!) as chances de recuperação do paciente.
Outro cuidado fundamental é o monitoramento e controle de doenças sistêmicas — autoimunes, diabetes, hipertensão, etc. —, pois também podem afetar a saúde ocular.
Importa frisar que, se não tratadas adequadamente e a tempo, as doenças da retina podem provocar danos irreversíveis e, em alguns casos, até levar à perda visual.
Quais os exames para avaliar a retina?
Há uma série de maneiras para realizar a avaliação da retina, dentre as quais podemos destacar o mapeamento de retina, a retinografia colorida, a angiofluorescinografia com contraste e a tomografia de coerência óptica de alta resolução (OCT). Para a realização de qualquer um dos procedimentos citados, é necessário que o paciente efetue a dilatação prévia da pupila.
O mapeamento de retina — também conhecido como exame de fundo de olho ou fundoscopia — é um método bastante simples, no qual o oftalmologista (ou retinólogo) avalia toda a extensão da retina, até a periferia. Ele pode ser realizado durante a própria consulta e não provoca dor.
A retinografia consiste no registro fotográfico da retina por meio de fotografias digitais. Enaquanto que a angiofluoresceinografia (ou retinografia fluorescente) utiliza um contraste para avaliar a circulação dos vasos retinianos.
Dentre todos os exames citados, um dos mais mais modernos é a tomografia de coerência óptica. A OCT permite o estudo minucioso e detalhado das camadas da retina.
Esta avaliação tem como função principal determinar a saúde dessa região e de suas estruturas. Através dela é possível detectar algumas patologias, como o diabetes.
Agora que você já sabe o que é retina e qual a sua função dentro do sistema ocular, certamente não tem dúvidas sobre a importância de cuidar bem dela!
A visita periódica ao oftalmologista, bem como a realização de exames, possibilitam o diagnóstico preciso de problemas oculares, impedindo maiores consequências à saúde ocular.
Zelar pela saúde dos olhos é um dos hábitos que devemos ter para garantirmos uma boa qualidade de vida!
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